
Tinha que organizar a minha vida, na qual Alicia habia introducido um elemento perturbador. Por entón non tinha claro, e agora tampouco, se a perturbaçón de unha mulher actua como elemento positivo ou negativo na vida dos homes. O certo é que non passou o que tinha que passar: Adela e o notário liárom-se. E o Sinésio, quedou a duas velas, e ademais resentido. A mim, como me passa sempre nos momentos de crise, deu-me por pôr-me a escreber sem descanso. Graças à escritura, puidem fixar com relativa obxectividade, os fantasmas que ululabam ó meu redor. Para prevenir o “mal do escalafón”, que começaba a corroer o Sinésio, a obsesón de tirar unha carreira quanto antes, aconselhamo-lo que se metera na Polícia Militar, um bonito uniforme, casco e correaxe branco, e unhas funcóns mais bem rutinárias de vixilância do decoro e da urbanidade. Mas, foi pior o remédio, que a enfermedade; ó Sinésio subirom-se-lhe os fumos à cabeza. Aprobou o curso de Cabo Primeiro, e xuntarom-se o pán com as ganas de comer. Isto, por se non tivéramos xá bastante com as nossas penas, foi o anûncio da nossa perdiçón definitiva, a do notário e a minha. Facía muito tempo que non vestíamos de paisano, e a Alicia, muito segura xá da minha altura intelectual, non lhe importaba exhibir-se xunto ó meu uniforme, sempre cargada de libros, o puto César, as putas Guerras Gálicas e Civis. As clásses tinham-se xeneralizado, e non dependiam só da necessidade de um exame. Eu, desde aquel dia do beixo com a língua, só queria estár a solas com ela. O portal da sua casa, a penumbra do corredor, eram a nossa máxima intimidade, unha vez por semana ou duas, os sábados e os domingos, quando eu podia sair do quartel. Perra vida, que para ganhar um beixo, haxa que estar toda a semana agarrado à perra disciplina. Pois, de súbito, trocabam um passeio por unha prevençón. E se non estabas arrestado toda a tarde, toda a tarde amarrado a unha mesa de taberna, com o puto César, De Bello Galico e De Bello Civili. Alicia aprendia enseguida e, com esta base, dixem-lhe que César estaba chupado, que para unha “lumbrera” como ela. César lhe ficaba curto. Foi tempo de meter-se com Ovidio, e a sua Ars Amandi, que, por entón, resultaba bastante verde, mas como estaba em latím, era tolerado. Apanhou-a de surpressa e suspeitou que a eleiçón das obras, tinham outras intençóns mais que as puramente didácticas. A verdade é que Ars Amandi é mais unha técnica engorrosa de seducçón, do que um manual práctico de fornicaçón. Mas, Alicia atentaba no título. Publio Ovidio Nasón, desatou-nos a luxúria, ainda que sem chegar a maiores, maiormente por escrúpulos de Alicia. Eu non porque o que Ovidio decía, nem sequer no tocante a conselhos prácticos, senón polo que eu me inventaba. Non sei se Alicia advertía ou non a manipulaçón, mas tragaba a minha arbitrária traduçón. Falámos com os seus pais que, para estudar, o melhor era em casa e non a balbúrdia das tabernas. Os fins de semana os pais ibam ó rosário à igrexa de San Gregório, que era a mais próxima. Ou a algúm tríduo ou novenário, que sempre habia na cidade de Pucela. Mentras, nos progressábamos na relixión do corpo, e na gramática latina, na gramática parda ou em subtís artes amatórias, com muito tento e comedimento, pois nem por asomo se lhe ocurria a Alicia quebrar a sua virxindade, sem sequer com promessas de matrimónio. Aquilo sabía a pouco, mas, melhor unha calentura que a frialdade da abstinência.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO