
¿Aguardas unha proba ainda mais concluinte da nossa ignorancia? Vou fabricála. Xá teis ideia da dificuldade no que se refere às “espécies”. E, no referente aos “individuos”, confesas que non existe ciência algunha, posto que som infinitos. Mas, as espécies non som nada ou, tudo o mais, unha certa fantasía. Só os individuos existem, somente eles som percibidos, somente deles há de existir ciência e, deles debe ser obtida. De non ser así, mostrame na natureza esses universais teus. Presentarás-mos nas realidades particulares mesmas. Mas, non vexo nada universal nelas: todas som particulares. ¡E que grande variedade se observam nestas! ¡Impresionante! Este, é um ladrón redomado; aquel, um homicída; aquel, non nasceu mais que para a gramática; o outro, é totalmente inépto para as ciências; este, é cruel e violento desde que nasceu; aquel, non há maneira de apartálo do vinho; ó outro, da sexualidade; do xogo; outro, desvanece-se ó ver ou cheirar um gato; aquel, nunca probou a fruta, nem soporta que outro a probe; outro, passa-lhe o mesmo com a carne; com o queixo; um terceiro, com o peixe. De todos estes conheço alguns casos. Este, traga e dixére indiferentemente moedas, vidros, plumas, tixolos, lán, e em suma, tudo; ó outro, dá-lhe um síncope com o perfume ou a visón d’unha rosa; este, aborrece as mulheres; esta, alimenta-se de cicuta; o outro, dorme día e noite. Eu, arroxei frequentemente os libros com irritaçón; escapei da biblioteca. Mas, estexa na rua ou no campo, nunca deixei de pensar em algo, nunca menos só estou, que quando estou só, nem menos ocioso, que quando estou ocioso; conmigo levo o enemigo, non podo librarme dél e, como afirma Aquél, “vou fuxindo de mim mesmo como um vagabundo, buscando substrair-me ó meu cuidado, bem com os amigos, bem com o sonho; em ván, porque o sombrío acompanhante me acosa e persegue na minha fuga”.
FRANCISCO SÁNCHEZ