
As raparigas tinham présa por chegar a casa, o alférez, tinha présa por desaparecer, e a nós, ainda nos quedaba mais de unha hora antes do toque de retreta. Assim que lhe pedím o telefone às “chorvas”, non foram a desaparecer outra temporada. Quedamos para o día seguinte, e o Sinésio de puro xúbilo, até a bisqueira começou a fazer-lhe cabriolas. O alférez chamou um táxi e convidou-nos a subir, que para isso era alférez, com a condiçón que nos apeáramos antes de chegar ó quartel, non foram decir que compadreaba com a classe de tropa. Como nos sobrava tempo, incluso trás os douscentos metros que tivemos que andar, tomamos o penúltimo copo de vinho, no bar da Virtudes. Eu seguía contando o que sabía e imaxinaba de Célia Gâmez e Millán Astray, que tinha muito morbo e mais como eu o aderezaba. Inclúso o propuxéra como funçón para o Natal, xá que nos falhara Esquadra hacia la muerte; mas a ver de onde sacábamos unha Célia Gâmez, ou um Millán Astray e, sobre tudo, a ver que acontecía despois? Désta, sí que ninguém nos libraba do “castillo”. A Gâmez contorneando-se no escenário, ondulante o seu corpo e, no palco principal, o cabaleiro ferozmente mutilado; a Célia cantando a rítmo de “chotís”, “ya hemos pasao”. E logo, na suíte d’algum grande hotel, o xeneral sacando: unha pata de pau, unha mán enrroscada, como unha garra que se lhe quedou alí para sempre (despois de ter matado um lexionário), a pistola sobre a mesa de cabeceira, como um trozo mais do seu corpo, um olho de cristal metido num copo de àgua; macabro strip-tease. A medida que o grande soldado se despedazaba, a Célia também se despia: primeiro unha luva (igual que Gilda), logo o vestido tán axustado, que parecía quedar-se sem pel, que se despelhegaba luxoriosamente; logo, o sostém e logo non quedaba nada, somente as bragas (e para que iba a sacálas, a metralha tinha-lhe arrancado também a pirola ó xeneral, e para isso non había reposto). Non é que fora ciclán (um colhón só), como decían de Franco e de Hitler, os meus amigos os anarquistas do Paralelo; é que non tinha nada, estaba capado de raíz. O Sinésio quedába-se miràndome, “joder mi alférez podía por esta comédia para o Natal”. “Joder Zapata, és um sábio”. Mas, notába-se-lhe menos entusiasmado, e muito menos sinceridade que outras vezes. O alférez calaba e o notário, que sabía muito de léis, mas nada da verdadeira História, decía: “um día te van a meter um puro de verdade, andate com tiento”. O notário, muitos estudos e muitas oposiçóns que ainda non tinha ganhado, mas ignoraba o mais elemental, que sabía qualquer dos anarquistas do Paralelo, aos que Luís, o velho linotipista da rua da Unión, perto de Conde de Asalto, reprobaba as suas golfarías: “así nunca fareis a Revoluçón”. Luís, o linotipista, puro, incorruptíbel, ao lado de um quartel da polícia armada, no corazón do “Barrio Chino”, unha imprenta anarquista e um quartel de grises. De esse santuário, no meio da fornicaçón e da bebedeira, tinha sacado ós meus amigos anarquistas, que num banquete em Salamanca, a pouco de começar a guerra, Millán Astray houbo de fusilar a Unamuno, sobre as sobremesas e os manteis, diante de todos, sem xuízo nem apelaçón possíbel. Só a intervençón de Péman e da Senhora de Franco, ou um encasquilhamento da pistola, vai tú saber: a alguns xenerais, por lexionários que sexam, nos momentos cruciais sempre se lhes encasquilha a arma.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO
