
O asturiano Armando Palacio Valdés, foi um dos escritores mais populares désta época e o seu público leitor, sobre tudo o femenino, permaneceu-lhe fiel durante toda a sua larga traxectória, que alcanza o primeiro terço do século XX, posto que morreu em 1938 em Madrid. Adscripto a unha técnica tradicional e decimonónica, Palácio Valdés identifica-se com o “realismo moderado”, ainda que alguns críticos consideram “naturalistas” algunhas das suas novelas da segunda etapa – das três em que costuma dividir-se a sua produçón -, cuxos exemplos mais representativos puideram ser La fé ou El maestrante: esta última, talvez sexa a melhor testemunha da práctica naturalista que busca as histórias mais desagradáveis, morbosas e inclúso repugnantes para ensaiar esta forma de escreber novelas. Neste mesmo grupo, sem os excesos de El maestrante, ainda que sim com as mesmas inquietudes ideolóxicas tinxidas de amargo pessimismo, encontra-se La espuma. Esta novela é um ataque directo à alta sociedade madrilena; nela descrebe-se como os mineiros de Riosa trabalham em condiçóns infrahumanas e por quatro patacos, mentras os donos das minas dilapidam os lucros em folgas e amantes. La espuma é um antecedente imediato do que, anos andando, habería de chamar-se novela social. Com maior equilibrio, ainda sem sair-se da mesma técnica, estám escritas as suas primeiras obras (Maximina, Marta e María, e a popularíssima La hermana San Sulpício…) e as correspondentes à sua última etapa criadora. Convêm recordar unha novela, com a qual a crítica non foi de todo xusta e que, sem ter tampouco a mesma aceitaçón entre os leitores, está hoxe considerada por alguns como a mais densa e a mais lograda das suas obras, desde o ponto de vista narrativo: Tristán o el pesimismo; a partir desta data, Palácio Valdés, inícia unha linha descendente, que non logra superar xamais, aínda que isto non impeça que durante as primeiras décadas do século XX fora um escritor amplamente conhecido em toda a Europa a quem se chegara a comparar, com excessiva lixeireza, com Tolstoi.
RBA EDITORES, S. A. – BARCELONA