
Durante os anos que se seguiram à publicaçón de A Orixem da Geometría, Derrida dará mostras de unha incansábel capacidade de trabalho, que, com o tempo, se torna proverbial. Escrebe ou disserta sobre filósofos como Rousseau, Nietzsche, Husserl, Heidegger ou Levinas; sobre os arautos do estructuralismo como Saussure ou Lévi-Strauss (também sobre Freud revisitado por Lacan); ou sobre literatos e críticos como Artaud, Bataille, Jabès ou Blanchot. E em todos eles, de diferentes vías de acesso e segundo protocolos diversos, assiste-se à realizaçón gradual de procedimentos de leitura e reescrita que son xá reconhecidos com o nome de desconstruçón. De todas as intervençóns destes anos, destáca-se unha em particular: a sua participaçón no colóquio da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, no Outubro de 1966. E isso, em primeiro lugar, porque signifíca o início da sua amizade com o crítico literário Paul de Man e, em grande parte através dele, também da sua proxeçón (e a da French Theory) no círculo intelectual norte-americano, o que por sua vez iria catapultar a recepçón do seu trabalho em França. E depois, porque, na sua dissertaçón (“Estructura, signo e xogo no discurso das ciências humanas”). Derrida define programaticamente os principais pontos da sua posiçón filosófica: a crítica a toda a nostalxía da orixem e a toda a filosofía da presença, e a libertaçón do xogo dos signos de qualquer centro (inclusive do desexo de verdade hermenêutica), com o obxectivo de levá-los para além do home e dos humanismos.
MIGUEL MOREY