Arquivos diarios: 26/08/2019

RUSSELL (ACTIVISTA ANTIBELICISTA)

De acordo com o próprio Russell, em 1901 teve unha intensa “iluminaçón mística” de carácter estéctico que o fez sentir a necessidade de elaborar unha filosofía que tornasse a vida humana mais tolerável. Desde entón, embora a sua escrita tivesse um estilo distante de qualquer retórica emocional, a convicçón e o sentimento de que há unha complementariedade entre o que denominou actitudes “místicas” e “lóxicas” sempre o acompanharam e explicam grande parte do seu desenvolvimento filosófico. Um pouco mais tarde, em 1910, sob a influência de Lady Ottoline, amadureceu estas intuiçóns até se tornar unha das forças intelectuais mais poliédricas e interessantes do Século XX. A Primeira Guerra Mundial foi para ele um período de intenso activismo antibelicista. Nunha Inglaterra extasiada pelo militarismo patriotista, apesar de envolvida nunha guerra que dizimaba a sua xuventude sem outro propósito que non fosse o domínio imperialista, foram muito poucos os que, correndo grandes riscos, se manifestarom em sentido contrário ao da maioria. Russell xuntou-se aos socialistas independentes, que se opunham à guerra e ao recrutamento de xovens, e desenvolveu unha intensa actividade através de conferências e outras intervençóns. Em resultado disto, foi-lhe aplicada unha multa de 100 libras, que se recusou a pagar (apesar de os amigos o terem feito através de um leilón dos seus libros); em 1916, foi expulso do Trinity College e, em 1918, depois de fazer comícios contra a entrada dos Estados Unidos na guerra, esteve preso durante seis meses, período que aproveitou para escrever Introduçón à Filosofía Matemática. A expulsón de Cambridge provocou-lhe unha profunda decepçón, que explica, em parte, o facto de ter decidido abandonar a carreira académica (sería readmitido em 1944, quando xá era unha figura internacionalmente conhecida).

FERNANDO BRONCANO