
De feito, segundo a física quântica, cada partícula têm unha certa probabilidade de ser encontrada em qualquer parte do universo. Assim pois, inclúso se as probabilidades de atopar um electrón dado dentro do aparato de doble rendixa som muito elevadas, sempre haberá unha certa probabilidade de que poida ser encontrado, por exemplo, mais alá da estrela Alfa Centauro ou no pastel de carne da cafetaría da oficina. Como consequência, se impulsamos um “fulhereno” quântico e o deixamos voar, por grandes que sexan as nossas habilidades e conhecimentos non poderemos predecir com exactitude onde aterrizará. Mas, se repetimos muitas vezes o dito experimento, os dactos que vaiámos obtendo reflexarám as probabilidades de atopá-lo em diversas posiçóns, e as experiências confirmarám que os resultados déstas probas concordam com as predicçóns da teoría. É importante advertir que as probabilidades em física quântica non som como as probabilidades na física newtoniana ou na vida corrente. Para compreendê-lo, podemos comparar os patróns formados polo feixe de “fulherenos” lanzados contra unha pantalha, com o patrón de buracos feitos nunha diana polos lanzadores de dardos, que aspiram a dar no centro. Salvo que os xogadores tenham consumido demasiada cervexa, a probabilidade que um dardo vaia parar perto do centro som maiores e disminuie à medida que nos alonxamos del. Tal como nos fulherenos, qualquer dardo pode ir parar a qualquer sitio, mas com o lanzamento de mais e mais dardos, irá emerxendo um patrón de buracos que reflexará as probabilidades subxacentes. Na vida quotidiana, podemos expressar essa situaçón dicendo que um dardo tem unha certa distribuiçón de probabilidades de aterrizar em pontos diversos; mas isto, à diferença do caso dos fulherenos, tán só reflexa que o nosso conhecimento das condiçóns do lanzamento do dardo é incompleto. Poderíamos melhorar a nossa descripçón, se conheceramos exactamente a maneira em que o xogador lanzou o dardo: o ângulo, a rotaçón, a velocidade e outras características. Em princípio, entón, poderíamos predecir com tanta precisón como desexáramos, onde aterrizará o dardo. A utilizaçón de termos probabilísticos para descreber o resultado dos sucesos da vida quotidiana, non é um reflexo, pois, da natureza intrínseca do processo, senón tán só da ignorância de alguns dos seus aspectos.
STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW