UM CONVIDADO DEMASIADO FALADOR

Oito meses mais tarde, no curso do mes de Agosto de 1614, celebrou-se unha misteriosa reunión no castelo de Baynard, baixo a presidencia de George Abbot, arzobispo de Canterbury. Assistindo a ela o conde Pembroke e lord Montgomery, os dous tios de Essex, um Howard disidente, sir Thomas Lek, ademais dos xefes das famílias Seymour e Russel, homes todos eles que, mais ou menos, tinham motivos de queixa contra o favorito. ¿Qual o obxecto desta reunión? Preparar a caída do novo duque de Somerset, convertido ademais em lord do Sello Privado, lord Tesoureiro de Escócia e lord Chambelán, bonita série de bazas as que reunía nas suas máns, e sobre tudo unha bela esposa, eram boa parte das palancas do goberno. Tinha chegado o momento de por fím a semelhante situaçón. Foi o arzobispo, quêm encontrou a maneira mais adequada. Dedicado por completo á sua esposa Robert, tinha abandonado o rei, e este non dissimulaba o seu enxoo. A única maneira de devolver-lhe o sorriso e, ó mesmo tempo apartar o enoxoso Robert, era encontrar-lhe outro favorito. Por outra parte, o rei xá tinha postos os olhos num xovem dotado de todas as graças físicas e intelectuais, mas carente de fortuna. ¡Isto non importa! – exclamou Seymour – ¡Nós o financiaremos! Despois, xá o devolverá centuplicado. Seguramente, aqueles cabaleiros confeccionarom um plano de apoio, muito detalhado, para o seu candidato. Pouco despois, entraba na história aquel George Villiers, ó que logo se conhecería por duque de Buckingham… Os conspiradores acertarom. Provisto de ouro, bem respaldado e debidamente impulsado, o xovem Villiers soubo seducir a Jacobo I, até ao punto de que pronto se convertíu no favorito, à vista de todo o mundo, mas sobre tudo à de Robert, que compreendeu que a sua estrela palidecera. A ira deste foi terribel e levou-o a enfrentar-se com o recém chegado. Mas, faltabam os bons conselhos de Overbury e mostrou-se torpe ó atacar ó rei, ante o qual fixo escenas terríbeis, que levaron o pobre monarca a soportar com paciência. As lembraças d’antano ainda continham a Jacobo I, mas, entregado como estaba na tarefa de encumbrar a Villiers, começou a resultar-lhe enoxosa a situaçón. Por aquel entón, outono de 1615, o conde de Shrewsbury ofreceu unha ceia, à qual assistirom como por casualidade, o ministro de Estado, sir Ralph Winwood, e o gobernador da Torre de Londres. sir Jervis Elways. A conversaçón orientou-se cara á extranha morte de Overbury. Winwood falou dela como de um mistério xá resolvido por el muito tempo antes e Elways, sem desconfiar e cada vez mais às suas anchas debido à excelência dos vinhos, escorregou na trampa. Comentou, entre suspiros. que lord Somerset (ou sexa Robert Carr) tinha feito envenenar o seu ex secretário, e que el Elways, se había visto obrigado a consentir, cousa da qual se arrependia cada dia… A comida acabou com xovialidade, mas ó dia seguinte o rei quedou informado de tudo. Foi aberta unha investigaçón, e pronto soubo-se que o mancebo da botica que entregara a lavativa fatal ó médico real De Mayerne acababa de morrer em Bruxélas, trás fazer unha confisón completa para reconciliar-se com Deus. Foron firmadas de imediato as ordens de detençón… O imprudente Elwais, o seu carceleiro Weston, a serviçál Senhora Turner, e o farmaceutico Franklin foron detidos. A tortura desatou as suas línguas, e a sentença non se fixo esperar. A Senhora Turner subíu ó cadalso lucíndo unha daquélas gorxeiras de cor amarelo enxofre, que em outro tempo tinham contribuído a dar-lhe a parte mais inocente da sua fama. Somente, Forman, o sacerdote sacrílego, escapou ao castigo oficial, por ter tido a boa ocurrência de morrer dous anos antes. Mas ¿foi verdadeiramente natural a sua morte? Foi encontrado com os brazos em cruz e os olhos vidriosos, nunha barca com a que acostumaba a cruzar o Tamisa.

JULIETTE BENZONI

Deixar un comentario