LITERATURA (MÁRCIO DE SOUZA)

GALVEZ O IMPERADOR DO ÁCRE

Recordo ainda hoxe, quando despois de eu ter feito vários comentários impertinentes, que me pareceu terem despertado as ânsias assassinas do Xosé Manuel Carbalho Araúxo (pois estaba, qual Rabelo, completamente “gágá” pola mulher d’um compatrióta nosso, que viera para a publicaçón do primeiro libro de Chico Candeira). A verdade é que, eu non tinha a suficiênte confiança para confraternizar com o Zé Manél dessa maneira, mas curiosamente eu ainda que poucas vezes falára com el, considerava-o como um amigo comum. Na verdade, todos nós eramos uns mulhereiros de muito carbalho. Non obstânte, uns dissimulábamos algo mais que os outros, apesar de non termos grande experiência no trato com mulheres. Mas no caso do Zé Manél, non era assím. El sim que as conhecía bem, e a mim non deixaba de surprehender-me a sua vehemênte paixón por elas. Unha obsessiva paixón vehemente, que despregaba um alarde de seduçón, mas sobre tudo de Literatura. Um completo amor pela picaresca amorosa, o galanteio e a léria cultural. ¿Mas, com tudo isto, quería decir o quê? Que foi, durante unha déstas rabietas, que eu para desviar o sulfuramento do Zé Manél, comecei a perguntar-lhe sobre Literatura Brasileira, terreno sobre o qual se sentía como peixe na àgua. Depois de unhas ameaças vingativas, bem fundamentadas por certo, na obra de Joao Guimaraes Rosa titulada o Grande Sertao Veredas, o nosso amigo calmou e comezamos a buscar que había de interessante nésta selva. Foi, graças a eu ter estudado português, e em Portugal, que por primeira vez entrei num mundo “mesmamente espectacular”, fantástico e desconhecido, chamado Brasil. E, que, apareceu entre a espessura amazónica, Márcio de Souza e o seu Imperador do Ácre. Do qual disfrutei grandemente, e pelo mesmo motivo o promociono desinteressadamente e recomendo a todos os meus amigos, que disfrutem déstas cousas. Um abrazo fraternal, para todos os meus amigos e amigas daquéla Bohémia transcurrida em Lisboa: da Tertúlia, do British Bar, da Lontra, do Procópio, do Pavilhao Chinês, do Nicóla, do Ritz Club, do Hot Club, e do María Victória. E, até mesmo, me atrevo a cantar um “San Francisco” para Flor Bela Queiróz.

LÉRIA CULTURAL

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