Arquivos diarios: 09/07/2019

O CASTELO

A profecía do castelo tinha-ma feito um tenente da escala auxiliar, relegado pelos “senhoritos” da xeral à definiçón clássica e desdenhosa de “chusquero”. “Muchacho, se continuas así acabarás num “castillo”! Era todo um cabalheiro, da melhor xente que había no quartel e, xá podía dar-lhe sopa com funda a todos e cada um dos entorchados pelos diplomas da “General”. O Tenente Herrero era da mesma raza disciplinar e honrada, que o Tenente Ordoño, mas menos ordinário e mais humano. Xamais o vím dar unha bofetada. Isso, que no Reximento de Infantaría San Quintín nº 32, había muitos verdugos, ou sexa muito filho da puta. Tampouco o vím xamais levantar a voz com mais insolência da necessária. Non necessitaba destes excessos, porque o seu porte, sempre elegante e bem vestido, emanaba unha autoridade pura e lexítima. O Tenente Indalécio Herrero Bustamante, tinha gosto pela cultura e era fama no quartel que tinha o vício de ler. Num âmbiente de cáfres iletrados, isso non era precisamente um elóxio. Ademais, bebía o imprescindíbel e nem sequer isso. O de mulhereiro tampouco era com el. E era explicábel pois; a sua mulher era unha beleza. Toda distinçón, polo vestir era doutra clásse, e gastaba certa displicência arrogante, que molestaba às outras militáras. Ó Tenente Herrero chegara-lhe o rumor de que eu era um mal soldado, aínda que ilustrado. Conhecedor da natureza humana e, mais todavía, dos entresilhos do quartel, presentía um negro futuro para a minha vida militar, e propuxo-me como seu assistente. Mas, antes que se resolvera este destino, fún trincado pola terceira vez, a causa de unha bronca xá referida. O Tenente Herrero, non debeu de perder de todo a confiança em mím, pois soubem da sua própria boca, que tinha renunciado a outro assistênte, á espera da evoluçón da minha desordem. Dixo-me, ó ver-me no calabozo, a primeira manhám deste terceiro arresto, que lhe tocara guarda. O Tenente Herrero, tinha feito a guerra muito novo, quase um neno, e tinha um montón de medalhas pensionadas; ou sexa, que non era suspeitoso de desafecto a Franco, nem à milícia, pesse ao qual o tinham enfilado. Tinha estado nas batalhas de Brunete, do Ebro, de Teruel, na “hostia” de batalhas tinha combatido. Sem embargo, acabou a guerra sem um rasgunho, e com o aforro de algunhas pesetas, que o aliviarom da penúria e da orfandade da postguerra. Nem sequer na frente, era capaz de ir de putas, ou de putear os pobres soldados. O Tenente Indalécio Herrero Bustamante, non obstante, com os borrachos e putanheiros, tinha unha certa piedade exculpatória. Quando me fixo a profecía de que acabaría num “castillo”, a mím entrou-me unha desazón de morte; a única pessoa que tinha confiado em mím, e eu estaba falhando. Puta merda, e puta vida e puta mili. Pode que o Tenente Herrero sentíra o exército como unha saída económica honorábel para a pobreza, sem excessivas significaçóns políticas. Outros víam-no como um priviléxio xerárquico, um plus de patriotismo com muito de pancismo e medro pessoal; no melhor dos casos, como unha trincheira contra a fame e um dereito de guerra e de conquista: “para esto ganamos una guerra”, “para esto me jugué la vida”, “para esto vale mi uniforme”. Non era cousa de repetir-lhes ós patriótas, aquilo que os meus amigos, os anarquistas do Paralelo, me decíam com frequência, e que xá citei no princípio déstas memórias: “o patriotismo pode ser o refúxio dos canalhas”. Tinham ganho unha guerra, certo; mas esta victória muitos a usabam para foder o próximo. Um exército debe ser unha defesa contra a extranxeiría; nunca unha arma contra os espanhois dissidêntes. Aínda, que eu non era um subversivo, senón somente um amigo dos anarquista do Paralelo, ó que lhe gostabam as procacidades da Bella Dorita, aquel patriotismo interessado parecía-me fatal.

JAVIER VILLÁN E DAVID OURO