Arquivos diarios: 06/07/2019

A DUALIDADE PARTÍCULA/ONDA (F26)

Para compreender as explicaçóns dos capítulos seguintes, somente é necessário entender uns poucos aspectos da “física quântica”. Unha das características cruciais, é a dualidade “partícula/onda”. Que as partículas de matéria se comportam como unha onda, sorpreendeu a todo o mundo. Que a luz se comporte como unha onda, xá non sorprende ninguém. O comportamento ondulactório da luz, xá nos parece natural e foi considerado um feito aceitado durante quase dous séculos. Se se proxecta um raio de luz sobre as grelhas da anteriormente mencionada experiência dos “fulherenos”, emêrxem delas duas ondas que se encontram sobre unha pantalha. Nalgúns pontos, as crêstas ou os vales coincidem e formam unha mancha brilhante; noutros a crêsta de um, coincide com o vale do outro, e anulam-se entre sí, deixando unha mancha escura. O físico inglês Thomas Young realizou este experimento a começos do século XIX, e logrou convencer a xente, que a luz era unha onda e nón, como tinha pensado Newton, que estaba composta de partículas. Apesar de que se podería concluir que Newton se tinha enganado ó afirmar que a luz non era unha onda, estaba no certo quando afirmou que a luz pode actuar como se estivera composta de partículas. Na actualidade, tais partículas som denominadas “fotóns”. Assim como nós estamos compostos por um grande numero de átomos, a luz que vemos na vida do quotidiano está composta por um número imenso de fotóns – unha lámpara de um vátio emite um milhón de bilións de fotóns cada segundo – . Os fotóns por separado habitualmente non resultam evidentes, mas no laboratório podemos produzir raios de luz tán débeis, que consistem num chorro de fotóns separados que se podem detectar um a um, tal como podemos detectar um a um os electróns e os fulherenos. E podemos repetir a experiência de Young utilizando um raio suficientemente ténue tal que os fotóns alcancem a barreira de um em um, com algúns segundos de separaçón entre cada um deles. Se sumamos todos os impáctos individuais rexistados na pantalha ó outro lado da barreira, atopamos que em conxunto dán lugar ó mesmo patrón de interferências que surxiría se realizáramos o experimento de Davisson Germer, mas disparando os electróns (ou os fulherenos) um por um, separadamente. Para os físicos, isto resultou unha revelaçón assombrosa: se as partículas individuais interferem consigo mesmas, entón a natureza da luz non é somente a propriedade de um raio ou, de um conxunto grande de fotóns, senón das partículas individuais.

STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW

HERMENÊUTICA GADAMERIANA…

Em Xulho de 27, tendo apresentado trabalhos de interesse sobre o Protréptico de Aristóteles, sobre as investigaçóns de Jaeger (com orientaçón muito crítica) e unha dissertaçón latina sobre Píndaro, Gadamer foi aprovado como possíbel professor de filoloxía clássica. No xúri figurou Heidegger, que, logo no dia seguinte, escreveu a Gadamer em sentido favorábel à sua “habilitaçón” como professor na nova disciplina. A necessária tese foi apresentada, em contrarrelóxio, quase menos de um ano depois. Nela, Gadamer voltará ao Filebo platónico. Mas, nessa mesma altura, morreu o seu pai, e Heidegger (cuxa sombra dizia Gadamer ver a ler, com sorriso sarcástico, por cima do seu ombro, o que ele ia escrevendo com dificuldade) despediu-se de Marburgo para se encarregar da cátedra que o velho Husserl depositaba imprudentemente nas suas mans. Non há muita documentaçón sobre as posiçóns políticas de Gadamer nos turbulentos anos 30, sobretudo quando Heidegger decidiu “liderar o líder” (unha afiada frase de Karl Jaspers, antigo amigo de Heidegger), se tal cousa se podía fazer. Parece que o professor de Marburgo era antes um apolítico com tendências liberais na hora de votar e suficientes amigos xudeus para non se mimetizar com o novo rexime de Hitler. No entanto, assinou, em Novembro do ano em que Hitler chegou ao poder, o manifesto que muitos numerosos académicos alemáns enviaram ao resto do mundo, em apoio ao novo rexime e, expressamente, ao novo chanceler.

MIGUEL GARCÍA-BARÓ