
Obviamente, Schrödinger non ignora que esplendorosas civilizaçóns, alheias a Xónia no espaço e no tempo, desenvolverom prodixiosas técnicas que possibilitarom um surpreendente controlo do seu meio. Non ignora que, antes de Tales de Mileto, na China e no Exípto se alcançaram elevados conhecimentos astronómicos e matemáticos, e poderíam multiplicar-se os exemplos. O que nos quer, pois , dizer o grande físico ao assumir unha tese tán radical? Porque se considera que Tales, Anaximandro, Anaxímenes, assim como outros nomes eventualmente menos importantes, representam o verdadeiro nascimento tanto da ciência como dessa singular disciplina que se designa com o nome de filosofía? Obviamente, dizer que duas cousas están envolvidas pressupón assumir que son cousas diferentes, polo que a anterior pergunta remete para esta: em que non se confunde a filosofía com a ciência, embora estexa intimamente vinculada a ela? Lendo autores, a que mais adiante me referirei, que se aproximam do mundo xónico a partir da historiografía filosófica, mas às vezes também a partir da ciência, tem-se a impressón de que explicam mais o nascimento “da ciência” do que o nascimento “da filosofía”. Noutros termos: parece relativamente fácil distinguir a ciência, tal como nós a entendemos, non apenas de outras formas de aproximaçón à natureza, mas, inclusive, de outras formas de a conhecer como as que se dariam no Exípto, China ou Mesopotâmia. Mas surxe a suspeita de que non chegamos a saber muito bem em que consiste a filosofía.
VÍCTOR GÓMEZ PIN