Arquivos diarios: 23/06/2019

UM FILHO DESCARRIADO E TORTO

O dinheiro acabou e tivem que tragar quantas guardas me correspondiam, pois non toleraba que os afáns patrióticos do Sinésio, me fixeram o relebo gratuito. Ó comprobar que a minha ucha estaba valeira, mandei unha carta ó Hotel da Costa, no qual tinha trabalhado, e confiaba voltar a facê-lo, para que me fixeram providência. O dono era um alemán, marinheiro e combatente da Segunda Guerra Mundial e, acáso nazí escapado, casado com Dona Montse. Dª Montse, era unha catalán bonita e honesta, apaixonada polo borracho do seu marido, e que sufría de migranhas selvaxens. Queria-me como a um filho, descarriado e torto, e enseguida me mandou um “xiro” bastante xeneroso. Mas, eu non sabía, quan pouco tempo me iba servir esta riqueza. Apercebim-me rápido, que o dinheiro sem liberdade, non vale nada: nem sequer para pagar mercenários que me fixeram as guardas. Eu voltava a entrar no “trulho”, esta vez por um período de quince dias. Um altercado nas ruas de Pucela, com uns paisanos faltóns tivo a culpa. A sociedade daqueles días estaba fortemente militarizada, mas o uniforme de soldado raso, non tinha xerarquía, nem suscitaba respeito algúm; um estigma. Em Pucela, eramos como a peste. Ou, no melhor dos casos, como a praga da lagosta: bandadas de lepidópteros que, á caída da tarde, invadíam as ruas de unha cidade falanxista e clerical, em busca da companhia de mulher; por unha grossaría de mais, ou um piropo de menos, podía prender fogo. Sobre tudo, se á procura daqueles “cogolhitos” desdenhosos andabam civis e senhoritos. O mal daquela tangâna, primeiro com os paisanos e logo com a bófia militar, foi que chovia sobre molhado e acabou arruinando a minha inocência. E, ademais, arrastou a Sinésio Fuentes Rascafría, que, esta vez non puido escapar da redada. (…) O orgulho e o desexo, cegan os homes e acabam com a temperanza e com o patriotismo militar. ¿ Quem nos tiraba a nós da cabeza, sobre tudo a Sinésio, que muita patria e muito heroísmo, mas vestidos de uniforme non eramos ninguém, nada de nada, um cero à esquerda? (…) Había naturalmente, casas de putas; mas a mím as mulheres de pago, com todos os respeitos, nunca me gustarom. Decíam que eram as melhores, as que melhor finxem e as que te fán sentir mais home. Mas, pagando, non tinha graça. Assim, qualquera. Vinte “duros” e que passe o seguinte; non lhes daba tempo nem a lavar-se. E, de tanta promiscuidade e mezcolanza, assí estaba o quartel cheio de sifilazos e purgaçóns. (…) Eu, quedei no salón, passando-lhe a mán pola grupa às putas mais éguas, bebendo e sem pringar, non fora colher unhas purgaçóns. Pese a tudo, e sem meter nem nada, non me votarom fama de maricón, como acostumaba passar. (…) Había unha puta mais nova, quase novícia, e a gobernanta, sabedora dos meus escrúpulos sobre o assunto, decía, essa é tan puta que o fái por pura afeiçón. Nem assí: vai tu saber, com quem tinha estado antes aquel anxo cautivo, fora por feiçón ou negócio. A mim, o das putas deu-me sempre como um pouco de piedade. Non acredito que haxa mulher algunha que faga isto por gosto, senón por necessidade e miséria. As putas de luxo, son outro cantar. E, ainda que o sexan, ningunha o parece; ván sempre de finas e senhoronas. (…) Os clientes esperam dentro e, ¡¡ passada a procissón, voltamos à fornicaçón !!

JAVIER VILLÁN E DAVID OURO