
Também non é irrelevante para a sua formaçón a frequência do Real Gymnasium Friedrich Wilhelm III de Trier (1833 – 1835), que, mesmo estando sob xurisdiçón prussiana, manteve o seu espírito humanista liberal e afrancesado, bem guiado por Johann Hugo Wyttenbach, de forte formaçón kantiana, de quem Marx guardaría sempre unha excelente recordaçón. Marx conviveu com colegas que, como ele, eram filhos de classes abastadas, muitos deles de profissóns liberais e funcionários públicos. Ali surxíu a sua amizade com Edgar von Westphalen, irmán de Jenny, sua futura esposa; por intermédio de Edgar entraría na casa da família de Ludwig von Westphalen, conselheiro do governo, enviado à cidade precisamente pola sua disposiçón iluminista, humanista e liberal, que o governo prussiano considerava unha boa qualidade para lidar com aquela Renánia tán afrancesada como antifeudal. Ludwig era um homem surpreendentemente culto, amante dos clássicos gregos e latinos, leitor infatigábel de Shakespeare, admirador do romantismo; soube ver no amigo dos seus filhos um neno viváz e com ânsias de aprender, e soubo transmitir-lhe o amor pelo conhecimento. Marx nunca o esquecería; nunca esqueceu os seus mestres e, em contrapartida, nunca reconheceu mestres nas suas lutas políticas. Pola informaçón de que dispomos, Marx non foi um xovem especialmente sociábel. Ainda que gozasse do apreço dos colegas, pois estava sempre disposto a brincadeiras e festas, em xeral temiam-no polas suas ironias e dialéctica ofensiva, que usava para ridicularizar qualquer um por motivos sem importância; temían os versos satíricos que lhe brotavam com facilidade da pluma. Este traço do seu carácter, como veremos de seguida, non se diluiría com o tempo. Formou-se com apenas dezassete anos. Conserva-se ainda o parecer da Real Comissón Examinadora que, no seu relatório final, diz: “Tem dotes naturais e mostra qualidades louváveis para o trabalho em línguas antigas, em alemán e em história, bem como unha notável capacidade para a matemática; também mostra pouca aplicaçón no estudo do francês.” A Comissón concedia-lhe o título “na esperança de que satisfaga as favorábeis expectativas que os seus dotes xustificam”. Tudo parece indicar que valorizavam mais as suas dotes intelectuais do que o seu comportamento e entrega ao estudo.
JOSÉ MANUEL BERMUDO