
É no inicio do século XX, que surxem as primeiras gravaçóns em Portugal com o aparecimento do gramofone e dos discos de 78 rotaçóns. Porém, só mais tarde, com o surximento do microfone eléctrico em 1925, é que os artistas começam realmente a fixar as suas obras em suportes sonoros. A crescente penetraçón de mercado destes aparelhos na época permitiu que o fado chegasse mais facilmente às casas das famílias de classe média. A rádio chega entretanto a Portugal, e assume um papel primordial na difusón do fado. A CT1AA é a primeira estaçón nacional que começa a difundir a partir de 1925, seguindo-se outras, verificando-se assim, a enorme popularidade da rádio ou telefonía no seio da sociedade portuguesa. Os artistas tinham agora espaço de antena nas ondas hertzianas, podendo fazer as suas apresentaçóns ao vivo e em directo, quer em estúdio quer em teatros, xerando, com efeito, um número considerábel de ouvintes e criando novos adeptos entre os mais xovens. Apesar da sua ascensón, o fado chega a ser prohibido nos anos 20, pela dictadura militar que pón fim à primeira república. Em 1927, surxe a regulamentaçón que obriga os artistas a possuirem carteira profissional para publicamente poderem actuar em espaços previamente autorizados para o efeito. A partir dos anos 30, com a profissionalizaçón dos artistas e com o aparecimento dos grupos de fado, o fado é levado a todo o território nacional; estes grupos integraram grandes nomes como Madalena de Melo, Berta Cardoso, Armandinho, Deonilde Gouveia, Júlio Proença, Joaquim Campos, Alfredo Marceneiro ou Ercília Costa.
FADO PORTUGAL