
Depois de em 1896 ter publicado um libro sobre a social-democracia alemán, como resultado de unha viaxem de investigaçón à Alemanha quando concluiu o curso, ensinou essa matéria na prestixiada London School of Economics, mas os seus interesses estavam cada vez mais centrados nos fundamentos da matemática e, aos poucos, foi abandonando o idealismo para começar a desenvolver a sua filosofía da maturidade. Em 1900, conheceu em Paris o matemático italiano Giuseppe Peano, que lhe deu a confiança de que necessitava para prosseguir, com empenho febril, um plano de investigaçón sobre a lóxica matemática como método de resoluçón dos problemas da teoría dos conxuntos (criada, entre outros, por Dedekind, Cantor e Weierstrass). Em 1903, fruto deste trabalho, publicou Os Princípios da Matemática, um libro em que apresentava um programa que havería de levar a cabo nos anos seguintes com o seu amigo Alfred Whitehead e que culminaría em Principia Mathematica, em três volumes publicados entre 1910 e 1913. Defende nestas obras que a lóxica e a matemática son a mesma cousa e que os princípios da matemática se deduzem dos da lóxica. Durante os anos de redaçón dos Principia fez as suas descobertas técnicas mais notábeis: as descripçóns definidas e a teoría dos tipos. Tornou-se um filósofo e lóxico academicamente respeitado, residente, a partir de 1910, na Universidade de Cambridge, que considerava a sua casa e “alma mater”. Aí conheceu Ludwig Wittgenstein, seu alumno, com quem teve unha relaçón intelectual intensa e com quem manteve contínuas trocas de ideias. Russel admirou-o como quem admira um xénio e incentivou-o a seguir unha carreira intelectual, embora as críticas do alumno tivessem deixado a descoberto muitas das debilidades das suas próprias ideias. Apesar das disputas entre os dois, em 1922 Russel teve um peso decisivo na publicaçón do Tractatus Logico-Philosophicus, que Wittgenstein lhe enviou e que escrevera nos nove meses passados num campo de prisioneiros durante a Grande Guerra. A colaboraçón entre Whitehead e Russel nos Principia e a colaboraçón-controvérsia entre Russel e Wittgenstein pertencem xá à epopeia das relaçóns intelectuais, sem as quais non é possíbel entender a história da cultura filosófica.
FERNANDO BRONCANO