Arquivos diarios: 01/05/2019

UNHA INCOMPETÊNCIA BEM ADMINISTRADA

O ter caído no “pelotón dos torpes”, era unha sorte, pois andabamos ó nosso aire, e ninguém nos facía caso, salvo o alférez Crispín Blanco Areces, que tampouco era demasiado marcial. Do “pelotón dos torpes” se podía regressar ao “pelotón dos listos”. E algúns, com muito ardor guerreiro e amor pátrio, o conseguiam. Mas, isso sí que era um autêntico engano. Polo tanto eu, em vez de progressar para diante, progressaba para trás. Até que acabei por quedar só, pois o patriotismo dos demais e o seu afán de perfeiçón acabou por redimí-los. E voltarom para a crúa normalidade. Como é cousa conhecida, um pelotón de um só home, aínda que esse algúm, fosse o mais torpe de todos os séculos, era algo que non podía existir. E, comezarom a pensar em devolver-me também à normalidade. Caminho dela, o alférez de complemento perguntou-me um dia polo tál Maiakowsky, e se lhe podía prestar algúm libro del. Esse día, no “pelotón dos torpes”, só quedábamos quatro e dous deles estabam muito ufanos, porque íam ascender ó grupo dos normais. Non sabiam aqueles ilusos que a incompetência bem administrada, pode ser a forma sublime da intelixência. No quartel a tendência a escorrer o bulto e fazer-se o “camastrón”, chamaba-se “escaquear-se”. Mas non é o mesmo escaquear-se, que aproveitar as próprias deficiências para non dar golpe. Assím, que esse día, ó “romper filas”, o alférez foi comigo para a companhía charlando amigábelmente de tu a tu. Contei-lhe que Maiakowsky tinha sido um poeta da Revoluçón de Outubro, um vanguardista que se suicidou mais tarde, desesperado pola marcha equivocada que levaba aquela revoluçón. Aínda que estábamos sós, e em cem metros à redonda, non había alma que puidera ouvir-nos, Crispín Blanco Areces, olhaba ó redor com aprehensón, a todos lados. Pensei para mim, este home é um cagado; mas, non era um medroso, era um alférez, um eslabón na cadeia de mando. Non podía prestar-lhe ningúm libro, pois a edicçón sudamericana e em françês, que os anarquistas do Paralelo me tinham deixado, de non ter-se perdido, estaría entre os meus trebelhos no Hotel de Canet de Blanes. Podía buscar-lhe, em câmbio, aínda que non vinhera a conto, unha obra de teatro de um tál Alfonso Sastre, que se chamaba “Escuadra hacia la Muerte”, muito apropriada para a “mili” ,e publicada na colecçón Alfil, libritos humildes e baratos, que a mím me gostabam muito: unha esquadra de castigo ante as filas enemigas, nunha guerra imaxinária. Apesar da sua licenciatura, nunca ouvira falar de Alfonso Sastre. Quedou pensativo e debía estar sopesando as desventáxas de unha conducta tán regulamentada como a sua, em contraste com unha vida tán montaráz como a minha. O alférez Blanco Areces, parecía-me simples e, ademais, um pouco perturbado pola milícia. Convinha-me a sua amizade para completar essa espécie de “Estado Maior” pessoal e fiel, que eu estaba montando. E, que necessitaba para superar os padecimentos de uns meses que, de seguro, íam a ser malditos.

JAVIER VILLÁN E DAVID OURO