
No principio do século XX, o fado continua a evoluir poética e artisticamente, ganhando complexidade rítmica, maior riqueza melódica e também novos palcos. Com a monarquia em pleno declínio, e atendendo à popularidade do fado, os republicanos passam a usar o fado para fazer passar as suas ideias através de melodias e versos simples. Neste início do século aparecem, entón, as primeiras publicaçóns dedicadas à temática fadista e son editados os primeiros libros; História do Fado de Pinto de Carvalho (Tinop) em 1903; A Triste Cançón do Sul – Subsídios Para a História do Fado de Alberto Pimentel em 1904, e, mais tarde, em 1912 O Fado e os Seus Censores de Avelino de Sousa, contribuindo para unha crescente notoriedad deste xénero musical. Em Coimbra, na segunda década do século XX, o fado tem como figura principal António Menano, que tinha chegado de Lisboa para estudar medicina, ficando conhecido como o “Rouxinol do Mondego”. A sua voz, de entoaçón lírica, levava milhares de pessoas a Coimbra para ouvi-lo cantar. Seguiu-se o estudante madeirense, Edmundo Bettencourt que, curiosamente, nunca viria a acabar o curso de Direito, mas que trouxera ao fado de Coimbra temas populares de outras rexións. Foi também poeta e neste âmbito participou no movimento “Presença”, tendo-se relacionado com este grupo literário, do qual faziam parte Adolfo Casais Monteiro, Miguel Torga, José Régio, Branquinho da Fonseca, entre outros, integrando também um grupo de fados do qual fazia parte Artur Paredes.
FADO PORTUGAL