
O renascimento do românce espanhol parte, dito sexa com non poucas reservas e pese a todas as limitaçóns, da obra de Fernán Caballero. Nascida na Suiza, de pai alemán e nái espanhola, Cecilia Böhl de Faber, herdou do seu pai o gosto polo folclórico, e de sua nái a actitude relixiosa e conservadora, e da sua educaçón extranxeira unha curiosidade e unha preocupaçón intelectual pouco comúm entre as mulheres do seu tempo e, ainda mais, entre as mulheres espanholas de entón. Gozou da protecçón da família real e dos duques de Montpensier, Isabel II concedeu-lhe unha habitaçón no alcázar de Sevilha, que seguramente abandonou em 1868, a raíz da revoluçón que destronou a rainha. Fernán Caballero, que nunca abandonou o pouso sentimental que lhe deixarom as suas leituras dos românticos, puxo em práctica – e com plena consciência do que facía – a sua preocupaçón polo mundo que a rodeába, ainda que talvez no seu mais superficial, inmediáto e inxenuamente folclórico. “A novela non se inventa: observa-se”, foi a régra que gobernou como princípio fundamental do quehacer com que Fernán Caballero levou ás suas páxinas o âmbito popular e aristocrático – nunca o da clásse média – da Andalucia que tivo ó seu redor; costûmes, sinxélas histórias e tipos populares, conformam a sua obra, toda ela envolta num tôn sermoneador e moralizante. Em Fernán Caballero se enfrentan a cidade e o campo – elemento característico de unha considerábel porçón da novelística decimonónica – e nas suas obras as virtudes determinadas e os vícios aparecem nitidamente encarnados em uns antagonistas tópicos que servem de testemunha e ferramenta para a catequese com a que a autora quere aleccionar os seus leitores. Contos populares, “chascarrillos”, quadros de costûmes e românces componhem a sua producçón, apoiada nunha técnica realista cuxos princípios fundamentais puideram ser a fidelidade temática e linguística e o reflexo da verdade travando sempre a imaxinaçón. O prólogo à sua melhor obra, “La Gaviota”, é todo um manifesto da sua concepçón da literatura, à qual se atêm, com maior ou menor respeito, em “Clemencia”, “Elia” e “Un Verano en Bornos”, entre outras obras.
RBA EDITORES, S.A. – BARCELONA