
Sem interrupçóns, Leibniz começóu a trabalhar num escrito de habilitaçón para a Faculdade de Filosofía; intitulado “Disputatio Arithmetica de Complexionibus”, acaba por se converter na introduçón do primeiro grande escrito orixinal de Leibniz, Dissertaçón sobre a Arte Combinatória (Dissertatio de Arte Combinatória), onde desenvolve a sua ideia de um alfabeto do pensamento humano no qual todos os conceitos seríam combinaçóns mais ou menos complexas de um pequeno número de conceitos simples; Leibniz tinha-se inspirado na “Ars Magna” de Ramon Llull (Raimundo Lúlio), Mas ía mais além do método mecânico do catalán, que desconhecía as leis da “aritmética combinatória”, indicando as linhas orientadoras da sua arte de inventar e de unha escrita ou linguaxem universal – parecida com a escrita de sinais exípcia ou chinesa – que, anos mais tarde, desenvolvería no seu sistema da Característica Universal; a título de curiosidade, devo dizer que como anexo da obra aparece unha demonstraçón da existência de Deus na qual desenvolve o argumento ontolóxico de Santo Anselmo, segundo um modelo de demonstraçón euclidiana, antecipando a tese metafísica – à qual voltará anos despois – de que “se o ser necessário é possíbel, existe necessariamente”. Este ensaio sobre a arte combinatória foi publicado em 1666 sem fazer qualquer referência à Universidade de Leipzig, que lhe tinha negado o grau de Doutor em Direito, aparentemente para que non pudesse criar obstáculos a outros candidatos mais veteranos na posterior obtençón de um cargo de professor assistente.
CONCHA ROLDÁN