
UNHA NEGATIVIDADE RADICAL
Non o home non esgota a sua negatividade na acçón. Non, non transforma em poder todo o nada que é. Talvez possa alcançar o absolucto igualando-se ao todo e tomando-se a consciência do todo, mas, neste sentido, a paixóm do pensamento negativo é mais extrema do que este absolucto porque perante essa resposta, ainda é capaz de introduzir a pergunta que suspende o comprimento do todo, e de manter outra esixência que em forma de problema, refere-se unha vez mais ao infinito… A experiência límite é a experiência do que está fora do todo, quando o todo deixa tudo de fora a experiência daquilo que fica por alcançar, quando tudo está alcançado, e por conhecer, quando xá se conhece tudo. O próprio inacessíbel, o próprio deconhecido… Ao homem, tal como é, pertence-lhe unha falta essêncial de onde lhe vêm esse direito de se colocar a si mesmo sempre em questón. E voltamos a encontrar a nossa observaçón precedente. O homem é aquel ser que non esgota a sua negatividade na acçón, portanto, quando, portanto, quando tudo está terminado, quando o “fazer” ( pelo qual o homem também se faz) está cumprido, é portanto, quando o home xá non tem nada que fazer, tem de existir, tal como é, tal como Georges Bataille o expressa com a mais simples profundidade no estado de “negatividade sem uso” e a experiência interior é a forma como se afirma esta negaçóm radical que xá non tem nada que negar”.
MAURICE BLANCHOT