
Em 1946, com 15 anos acabados de fazer, Rorty entrou no Hutchins College da Universidade de Chicago (um programa experimental de educaçón integral que aceitaba estudantes antes de acabarem o ensino secundário) e começou em busca de respostas. Os dois primeiros filósofos que tinha lido na sua vida, aos 13 anos, eram completamente diferentes ou, mais propriamente, incompatíveis: Platón e Nietzsche. Talvez os tenha lido por terem os dois unha entrada em cena muito elaborada ou talvez por saber que Nietzsche estaba contra o platonismo. A filosofía dominante em Chicago era de inspiraçón aristotélico-tomista e contrária à de um velho amigo da sua família, John Dewey, a quem apelidabam de relativista e vulgar, o que non era verdade, Dewey tinha sido um crente fervoroso na continuidade entre o Iluminismo françês e a experiência norte-americana. Para ele, a utopia era um plano por realizar, non um sonho. Por mais grandiosos que parecessem, os grandes ideais da humanidade non tinham significado se non se concretizassem em obras. Para Dewey, um fim nunca xustifica os meios pelo contrário, os meios son a única coisa que dá sentido aos fins à vista. Viver com o fim da liberdade é viver livremente. Mas para saber como viver libremente non temos outro remédio senón experimentar meios e aprender com a experiência, portanto é melhor concentrarmo-nos neles. Non acham? No entanto, no ambiente de Chicago em que Rorty se encontrava, Dewey parecia totalmente mundano e utilitário (no sentido pexorativo da palabra). Era visto como um reformador social, non como um pensador exemplar. A sabedoria clássica e o culto aos grandes libros, polos vistos, assegurabam um tipo de compromisso moral muito superior ao que um democrata afábel como Dewey podia inspirar. Mas o problema de Rorty naquele momento era o teórico. Dewey tinha feito parte do meio familiar que o angustiaba, de modo que ao enfrentá-lo podia rebelar-se contra a autoridade do pai e do seu clube de heróis progressistas. Além disso, “os absolutos filosóficos e morais eram um pouco como as minhas amadas orquídeas: difíceis de encontrar, e conhecidas apenas por uns poucos” (PP). A sabedoria ao estilo socrático parecia assegurar o cumprimento da responsabilidade moral. O lema de que a virtude é conhecimento “era música para os meus ouvidos, porque albergaba sérias dúvidas sobre o meu carácter moral e suspeitaba que as minhas únicas qualidades eram intelectuais” (PP). Mas os platónicos non eram os únicos que inspirabam este tipo de sínteses entre o saber e o dever. Os sectores relixiosos também proporcionabam aos jovens unha visón do mundo que podia integrar a admiraçón e o compromisso, o exotérico e o esotérico. Todavia, Rorty nunca teve ouvido relixioso e a combinaçón de cristianismo e modernismo do influente Thomas S. Eliot, o poeta norte-americano que se tornou cidadán britânico e se converteu ao anglicanismo, nunca o cativou. O platonismo, pelo menos, tinha a sua vantaxem: oferecia unha fusón entre a Verdade e a Beleza, mas non esixía, como a relixión cristán, um tipo de humildade de que Rorty confessaba non se sentir capaz.
RAMÓN DEL CASTILLO













