PLOTINO (ENCAIXAR A RAZÓN COM A RELIXIÓN)
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Como em toda filosofía que se preze, há em Plotino elementos que convivem de modo problemático. Neste caso, estamos perante unha das tentativas mais ambiciosas da história da filosofía para encaixar a razón com o espírito relixioso. Por conseguinte, é muito importante esclarecer que a “mística” plotiniana (reunión e identificaçón da alma individual com o Uno-Bem) apenas se produz sobre o horizonte de unha construçón conceptual que deve ser estudada “antes”. O êxtase deve ser minuciosamente preparado por um prolongado esforço intelectual: esta é a mensaxem de Plotino, e o que faz dele aínda um grego. Unha filosofía non resolve um problema sem o ter apresentado de forma orixinal. O problema com que Plotino se confronta é o de como salvar “para a nossa própria experiência vital” um Deus que, tendo-nos criado, permanece, no entanto, infinitamente separado e, como Aristóteles e Epicuro tinham dito, alheio às nossas penúrias e necessidades. Plotino diz.nos que, para pensar adequadamente este vínculo com a divindade, é preciso ver que a alma non deve sair de si em busca de nada, pois essa procura nunca terminaria: a fuga é interior. A Amélio, um discípulo muito querido, disse: “Son eles os deuses, que devem vir até mim, e non eu a eles”. A alma contém, de forma latente ou em estado virtual, por causa da sua própria insensibilidade, todos os níveis ou “hipóstases” do divino. O seu trabalho será, entón, despertar e reavivá-los, libertando a sua própria potência. Voltar a ser “neles”. Na sua renovada concepçón da alma, Plotino tentará superar o dualismo e fornecer unha soluçón para o problema da incomunicaçón das substâncias (sensíveis e intelixíveis) que tanto ocupara os pensadores helenísticos.
ANTONIO DOPAZO GALLEGO
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