AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (77)

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               Os ademáns e ceremónias que acompanham às oraçóns, forom tomadas do paganismo e do budismo.  O Pater:  “Eu vos rogo e glorifico a vossa grandeza, Senhor dos Senhores, rei elevado sobre todos os réis;  Criador que dais às criaturas o sustento necessário de cada día.  Deus grande e forte, que sois desde o princípio; Deus misericordioso, liberal, cheio de caridade, que nutrídes, manténdes e conservais;  que o vosso reino permaneza sem câmbio.  Arrependo-me dos meus pecados; renuncío a todo mal pensamento, a toda mala palabra, a toda mala acçón”.   Confessón:  “Arrependo-me dos meus pecados, renuncío a eles;  renuncío a todo mal pensamento, palabra mala, e mala acçón.  Fago ésta confessón diante de vós, que sois puros.  ¡Oh Deus, tende piedade do meu corpo, da minha alma, neste mundo e no outro.”   Credo:  “¡Oh Deus, Xuíz grande, excelente, arrependo-me dos meus pecados; Acredito em Deus e na sua lei;  Acredito que a minha alma subirá ó Céu;  que o inferno se colmará à resurreiçón; que os demónios de Ahrimam serán aniquilados.”   Foron tomadas do mazdeísmo, e éstas à sua véz das doutrinas Védicas.  Continuando vivo o Olimpo pagán, non quedou mais remédio que reconhecer a existência de Deuses e Deusas, e de introducí-los no panteón Cristán.  Non obstânte, foron recibidos segundo os seus atributos, e a sua natureza, e também o seu carácter e destino diferente.  Uns, como Xúpiter, Marte, Xano, Diana, Neptuno, Minerva e Mercurio, foron qualificados de demónios, e mandados ó inferno.  Outros, considerados como benfeitores forom chamados Santos, e albergados no Céu.  No Século VII Santo Eloy, nunha instrucçón pastoral, anatematiza a invocaçón ós demónios como:  Neptuno, Diana, Minerva e ós Xénios.  Prohibe às mulheres, levar ó pescozo saquinhos, e invocar a Minerva e outros Spíritos malos.  No Século VI,  Santo Cray converssaba com o xénio das montanhas, e também com o das áugas, a quêm exorcizaba como a demónios.   Gregório de Tours, fai que Clotilde pergunte a Clóvis, a quêm ela quer convertir  ¿Que poidéron fazer Marte e Mercúrio?, pois o seu poder era mais unha arte máxica que um poder Divino.

manuel calviño souto

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