DA MINHA FUGA E DAS VIRTUDES SANTAS DA CAPELANA

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               Passei uns quantos dias como alma em pena e solitária, sem atreverme a tomar definitivamente a decisón que me atormentaba e que, no fundo do meu corazón, xá estaba tomada: deixar o Seminário.  Mas ¿onde ir?  O antigo padre espiritual, o de Lebanza, veio na minha axuda com, reflexóns paternais e de amor em Cristo e na Virxem;  nada conseguíu.  Dixo-me que  sor Azucena tinha sido trasladada a outro Seminário de non sei que diócese e que era um modelo de virtude.  Isto pareceu-me unha subtíl indirecta e unha comprobaçón de que algo tinham suspeitado dos nossos xogos, aínda que non me repreenderam.  Do qual se deducía que, pesse a tudo eram humanos e pode que tolerantes.  Quedei com aquel bom home em que consultaría com el a última determinaçón.  Tamém o professor de Literatura quería deitarme unha mán.  Notaba-se à légua, que algo, ou muitas cousas à vez, me estábam torturando; el percibía-o e eu calaba.  Fora a confesón vingativa, sobre todos os asuntos, o que me deixou mal sabor de boca e incómoda a consciência.  Como estábamos a primeiros de Decembro e era a fésta da Inmaculada, mandou-nos de composiçón literária, um trabalho sobre a virxindade de María.  Eu fixem um soneto que todavía recordo.  Decía así:

Río de néctar que entre hielos nace,

frágil nube de espumas en la altura

y corderilla inmaculada y pura

que nieves bebe y azucenas pace.

desperezar en lechos de blancura,

cascada luminosa de hermosura

que el cieno arrastra y veloz deshace.

Modelo en el que copia la belleza;

eso eres tú, más blanca que la espuma

que corona las olas encrespadas.

Tan pura eres sin par, tan alabada,

que a no ser el Señor pureza suma

serías menoscabo a su pureza.

               Os tercetos tinham dous versos em asonante; mas esta transgresón non lhe importou ó professor de Literatura e puxo-me um dez.  E animou-me a que lhe contara tudo o que estaba passando, sem omitir nada e que el me axudaría, na permanência na vocaçón, de várias maneiras.  Primeiro, intercedendo ante o reitor para que non se consumara a expulsón e segundo; oferecendo-se a ser o meu guía e conselheiro, non só literário, senón também espiritual e moral.  Também me recordou, como de passada e sem intençón, que sor Azucena estaba noutra comunidade  e era um modelo, quase santo, de virtudes.  O qual em vez de consolar-me, me enfureceu.  Mas, tinha-lhe tomado confianza a aquel home sábio e contei-lhe o riferráfe da minha confisón esaxerada e vingativa.  Tal qual e ponto por ponto.  Nem aprobou, nem desaprobou.  Só me dixo: “Se te parece, escuiteite em confisón, vale!” Dixem que sí, e absolveu-me.  Como se fora um colega que te perdoa unha trastada.  Non voltei a falar com el em profundidade, pois quando decidín marchar-me, fixem-no da noite para a manhán.  Chegou o meu pai para deixar-me a muda semanal e dixém: “Vou-me para casa, xá está preparada a maleta”.   Meu pai nada dixo, mas escaparom-se-lhe duas lágrimas.  Suponho que todo o mundo episcopal e cardenalício se lhe esfumaba, aínda que essas cousas a el lhe tinham sem cuidado; o mais grave e preocupante é que, diante de mím, o meu pai só vía o vacío e a nada. Nem mais, nem menos.  Alí concluía um brilhante e turbulento currículum de seminarista.  Quedabam poucos días para o Natal e o ambiente era alegre.  Cheio de neves e panxolinhas.  Mas, a minha alma estaba negra como boca-de-lobo.  Ninguém acudíu a despedir-me; nem professores, nem companheiros.  Nem sequer o professor de Literatura que debeu darme por perdido sem remédio.  Tampouco eu. me despedín de ninguém.  Estaba claro que todos tinhamos um desexo irreprimíbel de perdernos de vista.  Mal podería hoxe descreber a sensaçón liberadora que experimentei ó pisar a rua.  Mas suponho que, como tantas vezes me passou, foi unha percepçón equivocada.  Inclúso contrária. Entrei no Seminário crendo atopar a paz e a seguridade da alma; e encontrei a controvérsia e a guerra.  Saín convencido de ter conquistado a liberdade; e encontrei a incertidume e as dúvidas.  Non lograba vislumbrar um futuro.  Nunca existiu um futuro.  E temo que nunca o haberá.  Sinxelamente, porque o futuro non existe.

               Colmenar Viejo, 10 de Agosto do 2000

javier villán e david ouro 

 

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