A ESCOLÁSTICA (PENSAR É UM OFÍCIO)
.
Nunhas esclarecedoras notas sobre a escolástica, M. D. Chenu referiu alguns dos seus traços característicos que nos serán úteis. Primeiro, a surpreendente forma literária, aquilo a que ele chama acertadamente “a impersonalidade desoladora do estilo”, e que notamos ao observar a estructura do raciocínio, a fragmentaçón de textos, a monotonía das fórmulas e os procedimentos constantes de divisón, subdivisón e distinçón. Constacta este feito inegável: “É verdade que o estilo, exterior e interior, da escolástica sacrifica tudo em prol de um tecnicismo cuxa austeridade a despoxa dos recursos da arte”. Mas isso non pode ocultar estas duas realidades, unha histórica (“a extrema variedade de homes e xeraçóns”) e outra de tipo cultural (para os escolásticos, “pensar é um ‘ofício’ cuxas leis son fixadas minuciosamente”). Num plano sociolóxico, Chenu acrescenta estas explicaçóns: os escolásticos son professores com as suas características, qualidades e limites, e os escolásticos son dialécticos, formados no domínio da gramática e da lóxica. Baseados nas “autoridades” comentam e debatem, mas com o olhar posto no avanço do estado da questón, no aperfeiçoamento das doutrinas recebidas. “Xamais alcançaremos a verdade se nos contentarmos com o xá encontrado. Os que escreveram antes de nós non son nossos senhores, mas nossos guias”, escreveu o franciscano Gilbert de Tournai. Com a rexeiçón de toda a autoridade terminará a escolástica.
andrés martínez lorca
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.