Arquivos mensuais: Novembro 2018

O “LIBRE ALBEDRÍO” (F 10)

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               Como vivimos e interactuamos com os outros obxectos do Universo, o “determinismo científico” debe cumprir-se também para as pessoas.  Muitos, non obstânte, aínda acreditam que o determinismo científico rexe os processos físicos, e fán unha excepçón para o comportamento humano, xá que acreditam que tenhem “libre albedrío”.  Descartes, por exemplo, para preservar a ideia de libre albedrío, afirmou que a mente humana era unha cousa diferente do mundo físico e que non seguía as suas léis.  Na sua interpretaçón, as pessoas consistiam em dous ingredientes: corpo e alma.  Os corpos non son mais que máquinas ordinárias, mas a alma, non estaba suxeita ás léis científicas.  Descartes estaba muito interessado na anatomía e na fisioloxía, e considerou que um organo diminuto no centro do cérebro, chamado glândula pineal, era a sede princípal da alma.  A dita glândula, acreditaba el, era o lugar onde se formabam todos os nossos pensamentos, a fonte da nossa libre vontade.  ¿ Teremos libre albedrío?  Se o temos, ¿Em que momento da árbore da evoluçón se desarrolhou?  ¿Teram libre albedrío as algas verdes ou as bactérias, ou o seu comportamento é automático, dentro do reino das léis científicas?  ¿Son somente os seres multicelulares os que tenhem libre albedrío, ou está reservado para os mamíferos?  Podemos pensar que um chimpanzé está exercendo o seu libre albedrío quando decide descascar unha banana ou um gato quando arranha um sofá com as unhas, mas ¿ que sucede quando o vêrme denominado “Cacnorhabdytis elegans”, unha criatura muito sinxéla, que consta tán só de 959 células – e que probabelmente nunca pense para sí – “Outra vez, essa insípida bactéria para xantar?”  Mas, aínda así. talvez, também tenha preferências definidas pola comida e, ou bem se resignará a unha comida pouco atractiva, ou irá forraxear para buscar algo melhor, segundo a sua recente experiência.  ¿É isto o exercício do “libre albedrío”?

stephen hawking e leonard mlodinow

HUSSERL (FENOMENOLOXÍA)

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               Eu sempre assumi que sabía o suficiente sobre a vida para a ir vivendo mais ou menos ao estilo dos meus pais, um pouco corrixido pelo que a minha xeraçón traz de novo.  A história avança sempre.  Um filho poderá ser quase como o seu pai, mas nunca viverá totalmente como ele, novas taréfas, novas aspiraçóns colectivas, novas descobertas técnicas.  Mas, que sei na realidade do conxunto da vida?  Algunha vez pensei verdadeiramente e, por mim próprio, prescindindo do que desde sempre me foi dito, e mesmo, da pequena experiência pessoal que xulgo ter acumulado a este respeito, sobre como devo viver e com que metas?  Unha verdade inquestionábel é que disponho de um tempo limitado; outra, que a vida é irreversível, que nada se repete, que o que foi possíbel onte, xá o non é hoxe e non o será manhán; outra, que non me sinto no paraíso, embora também non me sinta directamente no inferno; outra aínda, que estou desassossegado, que sei que está nas minhas máns, polo menos unha boa parte do que vai ser de mím.  Há aínda mais verdades das quais non posso duvidar, da mesma maneira que non posso duvidar de que agora vivo e reflícto e tenho dúvidas, problemas, obscuridades e certezas, desexos e aversóns.  Algunhas déstas outras verdades de primeira ordem son, antes de mais, que certas pessoas son muito importantes para mim – logo, portanto, também, de passagem, os fracassos possíbeis nas minhas relaçóns com elas – e que non vexo com nenhuma clareza o que me enchería totalmente de felicidade. 

miguel García-baró