Arquivos diarios: 30/11/2018

ZOLA (UNHA DESMESURA LITERÁRIA)

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               A “A Taberna”, tinha seguido um relativo fracaso,  Unha Páxina de Amor (1877), que decepcionou aos seus leitores, ávidos xá das emoçóns fortes;  non obstânte, em seguida se desquitou com Nana (1880), escandalosa história de unha cortesán, que tivo um éxito clamoroso.  Port-Bouille, do ano 1882, é unha abrumadora galeria de mediocridades pequeno-burguesas.  O Paraíso das Damas (1883), têm como protagonista a um dos grandes-armazéns.  E A Alegría de Viver (1884) é xá o tomo duodécimo de Os Rougon-Macquart.  Xerminal (1885), levanta bruscamente o ton, um pouco monótono e mecânico das últimas obras, é unha narraçón patética e vibrante da vida dos mineiros e das suas lutas sociais, misturando de certo modo o reportaxem com o românce e alcanzando verdadeiras alturas de carácter épico: Xerminal, apesar de todos os seus defeitos de tosquedade e de falta de matices, segue sendo unha das cûmes da sua produçón, com grandiosos movimentos de massas que respondem muito bem ó talento colosalísta do escritor.  A Obra, de 1886, é um dos títulos mais curiosos de Zola, quem explora o mundo da arte non sem agudas intuiçóns que mostram um aspecto pouco conhecido da sua personalidade; anedocticamente, o românce trouxo consigo a ruptura definitiva com Cézanne, quem se reconheceu no protagonista do libro.  No ano seguinte publica A Terra, sobre os camponêses, orixem de violentíssimas polémicas, xá que vários dos seus discípulos protestaron publicamente no chamado “manifesto dos cinco”, contra o que denominabam “literatura pútrida”, rompendo toda  vinculaçón com o mêstre.  Zola, contra vento e mareia, seguíu adiante, alternando românces de assunto mais subtíl e delicado, como O Sonho (1888), com outras tipicamente naturalistas, como A Besta Humana (1890), um drama de ciúmes que têm como pano de fundo as locomotoras e as estaçóns de ferrocarril, como afirmou um comentarista moderno, “um críme pasional, num universo industrial”.  Em 1888, aos quarenta e oito anos, o escritor conhece a xovem Jeanne Rozerot, de vinte, iniciando-se entre eles unha longa relaçón amorosa.  Jeanne Rozerot daria-lhe dous filhos, que madame Zola reconhecería pouco tempo despois da morte do marido.

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