Arquivos diarios: 29/11/2018

HABERMAS (A ESCOLA DE FRANKFURT)

.

               Construir a República Federal da Alemanha como unha democracía forte contra a ordem anterior foi unha obsessón para a xeraçón de 58.  A Constituiçón de Bona de 1949 foi vista como um novo começo com o obxectivo de resguardar as liberdades individuais face a um Estado que se tornara totalitário.  Non obstante, Habermas vai ter de saldar contas com a xeraçón anterior.  Terá de conxurar a influência de Martin Heidegger, pelo lado filosófico, e a de Carl Schmitt, pelo lado xurídico-político, como teórico do autoritarismo estatal, ambos comprometidos com o nazismo que, subrepticiamente, vai continuar a ter influência – a desnazificaçón nas universidades non será suficientemente enérxica – e vai dar asas a um neoconservadorismo, a um pensamento contra o Iluminismo e contra a Modernidade que o nosso autor identifica como inimigo da democracia.  A sua “besta negra”, cada vez mais mencionada nos seus últimos escritos, será precisamente, Schmitt, o teórico que lexitimará o nacional-socialismo e que, apesar de ser afastado durante a desnazificaçón, continuará a ter peso, através dos seus discípulos, no domínio do direito alemán.  Habermas estuda filosofía em Gotinga e Bona.  A sua tese de doutoramento centra-se no pensamento de Schelling.  Prossegue os estudos, em filosofía e socioloxía, no Instituto de Investigaçón Social vinculado à Escola de Frankfurt.  Aí, entra em contacto com Max Horkheimer e Theodor Adorno.  Nos anos 60 e 70, é professor nas universidades de Heidelberg e Frankfurt.  Em 1971, é nomeado director do Instituto Max Planck, em Starnberg.  Termina a sua docência na Universidade de Frankfurt, da qual se retira em 1994.  Ao longo da sua carreira académica recebeu todos os prémios e reconhecimentos possíveis, tanto na Alemanha como internacionalmente.

maría josé guerra palmero