PASCAL (A MORTE SERÁ A GRANDE CERTEZA)
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Com apenas três anos de idade, Pascal e as suas irmáns perderam a nái. A sombra deste triste e doloroso acontecimento marcou profundamente o carácter de toda a família e, em especial, o de Blaise. Um encontro tán precoce e directo com a morte fê-lo ter sempre em mente que esta pode chegar a qualquer momento, e que o homem, por mais que tente negá-la ou escondê-la por detrás daquilo que o mundo lhe proporciona, non se pode esconder dela nem prevê-la. Na filosofía de Pascal, a morte será a grande certeza, unha pedra de toque a partir da qual se deve xulgar tudo o resto. Passado algum tempo, em 1631, a família mudou-se para París, e um ano mais tarde começou a educaçón de Pascal, da qual se responsabilizou pessoalmente o pai, que non só era bom conhecedor das leis, mas também muito culto e bom matemático. Sobre o método pedagóxico de Étienne sabemos que era orientado pola ideia de que a criança se devía deixar guiar pela sua curiosidade e que ela, e apenas ela, determinaría o conteúdo das aulas. O jovem Blaise revelou desde o início unha notábel intelixência. Aprendeu rapidamente e foi um grande autodidácta. Com apenas 11 anos escreveu a sua primeira obra de carácter científico, Tratado sobre os Sons (Traité sur les sons), e aos 12, segundo conta a sua irmán nunha biografía que lhe dedicou, Vida de Monsieur Pascal, escrita pela irmán, Madame Périer (La Vie de Monsieur Pascal par sa Soeur, Madame Périer), deduziu por si próprio, sem sequer ter tido as aulas de matemática suficientes, até ao teorema trinta e dous do primeiro libro de Euclídes. O pai, surpreendido e entusiasmado com tais proezas, decidiu que a educaçón do filho se centraría no estudo das ciências, embora sem esquecer outros saberes; por isso, ensinou-lhe também latím e grego desde o início.
gonzalo muñoz barallobre
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