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RAWLS (INFÂNCIA E XUVENTUDE)
Durante a infância e xuventude, Rawls forma o seu sentido de xustiza, observando como a nái defende os direitos das mulheres, mas também por sentir na pele como os afro-americanos son tratados na sua cidade natal. Nas escolas habia segregaçón racial, e a amizade inter-racial non era bem vista na rua, o que trouxe certos problemas ao xovem Rawls quando ía à casa do seu amigo Ernest, um menino afro-americano que vivia num dos subúrbios da cidade reservados à populaçón negra. Rawls pôde igualmente verificar em primeira mán o classismo associado à pobreza durante os veráns passados a navegar na baía de Chesapeak, altura em que travou amizade com os meninos brancos pobres que trabalhavam à volta do porto. Acima de tudo, Rawls sentia-se muito feliz, mas injustamente feliz por desfrutar dos priviléxios e das oportunidades que a sociedade negava a tantos outros. Assim que concluiu a licenciatura em Princeton, em Febreiro de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, Rawls alistou-se no exército e foi destacado para a frente do Pacífico. Passou ali dous anos, na Nova Guiné, Filipinas e, por fim, na ocupaçón do Xapón imediatamente depois do bombardeamento de Hiroxima. Por ter estudos universitários, Rawls foi incorporado nunha unidade de serviços de informaçón. Integrado em equipas de sete ou oito homens, realizava tarefas de reconhecimento de posiçóns inimigas. Participou pouco em combate, embora tenha sido condecorado pela sua perícia na utilizaçón do rádio. Em certa ocasión, depois de perder o capacete, foi ferido na cabeça pela bala de um atirador furtivo. Noutra ocasión, foi preso por se recusar a castigar um soldado que tinha insultado um tenente. Após a guerra, recusou fazer carreira na instituçón militar, que consideraba muito “triste”. Anos mais tarde, descreveu a sua passaxem pelo exército como “particularmente medíocre”, tendo em conta que um dos seus irmáns chegou a ser piloto na frente europeia e um herói de guerra. A sua educaçón moral acabou de se formar nesse período bélico. Três episódios da guerra marcaram a sua vida. O primeiro foi ouvir dos pregadores protestantes que Deus benzia as balas americanas e protexía os soldados do seu reximento das dos xaponeses. Pensou que non se devía utilizar a relixión para mentir dessa maneira nem mesmo para levantar o ânimo das tropas. Como bom filósofo, Rawls ficou indignado por se dar primazia ao consolo em detrimento da verdade. O segundo incidente foi verificar que a sorte voltava a estar do seu lado enquanto a adversidade levava outros. Um colega do exército chamado Deacon e ele tornaram-se amigos ao partilharem as tarefas de rádio e vixilância. Um dia, o coronel no comando ordenou-lhes que um deles se dirixisse à enfermaria para dar sangue a um soldado ferido, enquanto o outro devia localizar as posiçóns xaponesas. Mais unha vez, Rawls sobreviveu, pois o seu tipo de sangue era o único compatíbel. O seu amigo Deacon non regressou da missón: fora morto por unha bomba. O terceiro episódio foi conhecer o horror do Holocausto. Rawls, que durante o curso tinha mostrado interesse por questóns teolóxicas, depois disso non conseguiu evitar pensar no seguinte: porque é que Deus se ia preocupar em salvar a sua alma, a dos seus amigos ou a da sua família, se non era capaz de salvar os milhóns de xudeus de Hitler? Isso acabou com a sua fé relixiosa.
ángel puyol
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