DO INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM

 

 

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                E fún-me confesar, sabendo que iba a ser a última vez que o fixéra:  primeiro confesei-me de Camilo José Cela.  Mas, como “a laranxa é unha fruta de inverno”, non me tinha turbado em excesso, nem sequer algunhas luxúrias que tinham lugar no estáblo, acusei-me de “La Família de Pascual Duarte”, do “Viaje a la Alcárria” e de outros títulos que non tinha lido nunca, mas só ouvido falar deles.  Xá tinha o “Torquemada” aquel, castrador de libros, matéria suficiente para continuar falando que eu era um maldito copiador de Cela.  Parar-me aquí, houbera dado o triunfo ó inquisidor, e eu non quería que triunfara.  Assim que, seguím acusando-me de ter lido a Baroja, e o canalha dixo-me que se se trataba de Xudeus, Comunistas e demais ralea, que bem, que valía.  Mas eu non quería entrar em detalhes, ademais de só conhecer a Pío Baroja por unha antoloxía.  Igual que a Unamuno, que era a “bestanegra” do confesor.  E que Unamuno, había metido turbaçón na minha alma e semeado dúvidas na minha fé com: Agonía del Cristianismo e com Sentimiento Trájico de la Vida.  E, xá no disparador, até do “Índice” me acusei, o”Index Librorum Prohibitorum”, da Suprema Congregaçón do Santo Ofício, ediçón de 1948, que me tinha prestado o professor de Latím.  A este, o Índex Librorum Prohibitorum tinha-o sem cuidado.  deixáramo para que, através do Código de Dereito Canónico que vinha nél, e dunha “Instructio” dirixida ós Bispos, puidera discernir entre o “Latím Clássico” e o “Latím Xurídico” da Igrexa.  A Instructio da Congregaçón do Santo Ofício, a firmaba em 1927, um cardeal de inequívoco apelhido espanhol:  Merry del Val.  O Codex Iuris Canonici, decía o que podía ou non podía editar-se e a Instructio Sanctí Oficii, razoaba doutrinalmente os fundamentos das prohibiçóns.  Estes vinham a ser, mais ou menos, a defesa da fé, a condena da sexualidade e a prevençón da “líbido”.  De política especifica parecia-me que a Instrucçón de Merry del Val non falaba.  Mas deixaba à autoridade da Igrexa, cousas sobre as boas costumes, a obediência ó poder xusto, a ordem.  Segundo essas xeneralidades, qualquer doutrina; desde o Liberalismo, ó Comunismo, podía cair no Índex Librorum Prohibitorum.  Disto, non me lembro muito.  Do que sím me acordo é das palabras que mais se repetíam naquela Instructio ad Episcopos, comezando pelo título,  De Sensuali et de Sensuali-Mystico Genere:  Sensualitas, Fornicatio et omnis inmundictia, Lascivus, Turpidus, Obscenissima, Procaciter, Impudictia, Vitia Carnalia, Lenocinius, Effrenata Libido, Amoribus impudiciis.  Olho, pois, também com as trampas dos amores místicos.  Desde certo ponto de vista, era normal ésta insistênça nos temas da carne, pois era assunto que estaba ao alcance de todos.  Os libros de política e filosofía xá se prohibíam eles solos; pois únicamente os entendidos, os especialistas, e estes tinham bula.  O que importaba à Igrexa era a fé, de interpretaçón exclusíva e restrinxída, e a castidade de obrigado cumprimento.  Mediante estes dous factores domina-se e mantem-se unida a grey do Senhor.  Sem reparar na minha inocência, o padre espiritual dixo-me que aquelas leituras das que me acusei, eram tán atróces, que non podía dar-me a absolviçón.  E, entón, respondím humildemente: “Padre, que aínda non terminei”.  E, quase lhe deu um sopôncio.  Mas, tivo que resignar-se ó martírio, e eu a um finximento tán cruel que, me facía dano a mím mesmo.  Das leituras, passei à conducta moral.  Contei-lhe o da monxa capelana, mas, em grande.  Ou sexa, non aqueles limpíssimos roces de mán, senón pecados verdadeiros, tocamentos e manuseios, aínda que sem esaxerar;  convertía-me no “Grande Masturbador”, pobre de mím, víctima quase sempre de ensonhaçóns e poluiçóns involuntárias.  Mentras escutaba as minhas malignidades, o confesor tremía, sudaba e mudaba de cores: do rubicúndo da ira à lividez  da morte, do branco ó azul amoratado. Íba inventar algo, sobre as duas “querubins” do Rosário Sabatino, quando se levantou do confessionário, esgrimindo o crucifíxo, mirou-me como se fora satanás, e fuxíu desaforado prá sacristía.  Ou sexa, que ó padre confesor lhe tinha dado onde mais lhe doía:  na concupiscência e no descreimento.  Mas, eu era inocente, como pode comprobar-se.  Tratába-se de unha vinganza, que só um fanático como el era incapaz de descubrir.   

javier villán e david ouro

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