COMO UMA FLOR DE PLÁSTICO NA MONTRA DE UM TALHO

.

Comodista hesitante,

protexido das cabeleiras

e cliente frequente dos feriados nacionais,

acredita nos encontros fortuitos

assim como um relógio estragado

acredita aproximar-se de uma hora astral.

Estes hábitos podem até ser tolerados

em contos naturalistas

e reality showers.

Nós, aqui, little stranger,

degolamos pardais e fardas de porcelana.

Cobramos interesses à alegria

e vendemos suites com piscina na lua.

A batalha é nossa,

já alugámos as trincheiras,

mas custa tanto tirar os pijamas.

golgona anghel

(Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho, 2013)

Deixar un comentario