.
Zola viveu a sua xuventude no mundo do Segundo Império. O Império Napoleónico, repetia-se em farsa, em comédia de xénero, que ocultaba a realidade sórdida do mundo do capitalismo em expansón, lanzado no delírio da carreira colonial. É o mundo da grande acumulaçón e da exploraçón primitiva, das xornadas de mais de doze horas, e do trabalho infantil. As barricadas da insurreiçón popular do 48 tinham servido só para que entraram uns quantos mais no banquete do poder. O presidente da República, disolve a Assambleia e proclama-se Imperador, imitando ó seu tío, Napoleón Bonaparte. O povo de París, volta ás barricadas. Mas o Segundo Império, tarda muito em caír. O rexíme autoritário, apoiado no grande capital e no exército, asseguram o desarrolho económico, fomentando as obras públicas, e permitindo a expansón colonial. Defende-se bem o prestíxio da França. É a época das grandes empressas exteriores, em que o capital françês construía o Canal de Suez no Exípto, e comezaba a construçón do de Panamá. É o período das Exposiçóns Universais, da expansón do ferrocarril e da consolidaçón da Revoluçón Industrial. França afirma a sua posiçón em África, e pretende conquistar México, através de um Imperador Títere, que acabaría fusilado polas tropas de Juárez. E, aínda que aquí fracasa, consolida o Império em Indochina. Mas o sonho Imperial, acorralado pola oposiçón, aspira a unir o país, lanzando-o nunha grande empresa guerreira, contra unha suposta ameaça prussiana. E o Imperador, cái xunto com os seus soldados, baixo a bota implacábel de Bismarck, em Sedán. Trás esta derrota, o povo de París, aproveita para um “goberno de defesa nacional”. Proclama-se a Segunda Républica e organiza-se unha guerra nacional, com civís armados. Mas a resistência civíl, é derrotada. París, rende-se, e França têm que firmar unha paz humilhante, na que perde parte do seu território e resígna-se à ocupaçón militar. O povo de París, volta a resistir, e o goberno que firmou a paz, têm que fuxir. A Revoluçón popular, ocupa outra vez as ruas e fai-se com o poder. O Manifesto de Abril, proclama um proxecto de Estado, constituido por unha federaçón de Comunas Libres e Autónomas. Mas, trás este manifesto, chega a represón de Maio (a “Semana Sangrenta”). Despois de um período de transiçón na que se logra a retirada das forzas alemáns de ocupaçón, proclama-se a Terceira República, que foi atravessando períodos de consolidaçón e impulsando unha potente política de expansón colonialista. Esta relativa tranquilidade interior quedaría truncada por um proceso xudicial, que conmoveu a todo o país, e que practicamente o polarizou: o célebre caso “Dreyfus” no que Émile Zola tivo unha participaçón destacada e decissiva. O 22 de Decembro de 1894, tivo lugar em París o xuízo ó capitán Dreyfus, de ascendência xudía, acusado de alta traiçón. Um engano, e um exacerbado patriotismo de filiaçón antisemita, puxeron na picota a um inocente. Ó caso non faltavam os ingredientes mais folhetinescos. Um inocente é inculpado e enviado à fortaleza da Ilha do Diábo. O verdadeiro culpado, o comandante Esterhazy, que tinha passado documentaçón secreta a outra potência extranxeira, quedaba absolto. Ó princípio, Zola tinha acreditado na culpabilidade de Dreyfus, mas pouco a pouco, foi descubrindo unha obscura trama de intereses. Estudou o caso com o mesmo procedimento que usaba nos seus românces naturalistas, analizou, revisou, comparou. E, chegou à conclusón que o capítan era inocente. Publicou um primeiro artigo no “Le Figaro” o 25 de Novembro. Dous meses mais tarde, quando o falso inocente foi absolvido, Zola dirixiu-se à máxima instância do país, o xefe do Estado, num longo artigo: Carta a M. Félix Faure, Presidente da República. O entón director de “L’Aurore”, o famoso “tigre” Clemenceau, publicou-o com o título que habería de ser famoso: ¡¡Eu acuso!!
r b a editores, s. a. – BARCELONA
Publicado en Uncategorized