AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (70)

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               Ó afirmar o que deixamos dito, existen por exemplo os métodos de cura consignados no Thalámud, envoltos com as teorías da Anxeoloxía, e da Demonoloxía, etc…  Na antiga Grécia onde a Sciênça e a Ilustraçón do Spírito humano se elevou a asombrosas proporçóns, os magos e os feiticeiros atinxirón tán elevada consideraçón e tán nefásta importância.  Heráclito um dos sábios da antiguidade, que se ocupou do Sibylismo, a maxía professada por mulheres chamadas Sibylas, sacerdotisas, Pytonisas dos Deuses do Paganismo, refere-se ás suas adivinhaçóns, filtros e encantamentos.  Assím como Augures, Sacerdotes de outras divindades, que fornecíam a peso de ouro, filtros, ungüentos, polvos e breváxes, ás damas athenienses, com propriedades de fazer amor, ou de aborrecê-lo, e até de as tornar fecundas, ou impedir os homes de enxendrar e as mulheres de conceber.  Em Roma todavía tivo maior desenvolvimento a maxía ou feitiçaría, sendo unha das profisóns de maior renda naqueles tempos.  O grande Chronista do Império Romano, Tácito, considera as feiticeiras, bruxos e adivinhos um verdadeiro flaxêlo. E até os próprios Imperadores, o famoso César, que asombrou a posteridade, uns com a grandeza do seu ánimo, outros com a monstruosidade dos seus vícios e dos seus crímes.  Esses mesmos que como Nerón, intentaba incendiar unha cidade, para gozar do maxestuoso espectáculo.  Aqueles que tremíam de medo, diante das ameazas dos seus feiticeiros e adivinhos, e pagabam alto tributo ás mulheres que professabam as artes máxicas.  Despois de Roma, passa-se ó poder dos Papas, e non esmoreceu a confiança nos segredos da maxía, e no poder dos Sortiléxios, apesar da guerra que moveron os Sacerdotes Cristáns, que também se serviriam dela como instrumento político, a ponto de os Pontífices Silvestre II e Benedicto IX, seren acusados de exercer a feitiçaría e manter íntimas relaçóns com as potestades infernais.  Que a maxía entretinha  as atençóns no Mundo Cristán, da mesma forma que fora muito considerada durante o Paganismo, o confirma um Breve do Papa Inocêncio VIII, que acusa os magos da época de impedirem os homes de enxendrar e as mulheres de conceber.

manuel calviño souto

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