POR QUÉ A NATUREZA SE COMPORTA DESTE XEITO (F7)

.

               A noçón de que as leis da natureza habían de ser obedecidas intencionalmente, reflexa a prioridade dos antigos em averiguar “por qué” a natureza se comporta como o fái, em vez de “como” o faí.  Aristóteles foi um dos proponentes mais influêntes désta formulaçón, rexeitando a ideia de unha ciência  baseada principalmente na observaçón.  As medidas precisas e os cálculos matemáticos eran, de todas maneiras, difíceis na Antiguidade.  A anotaçón numérica em base decimal, que nos resulta tán necessária para os cálculos aritméticos, data tán só do século VII da nossa era, quando os hindús realizarón os primeiros grandes passos para convertir este recurso num instrumento poderoso.  Os signos mais e menos, para a suma e a resta, tiveron que esperar ó século XV, e o signo de igual, e os relóxios capazes de medir o tempo em segundos, non existiron antes do século XVI.  Aristóteles, sem embargo, non considerou os problemas de medida e de cálculo, como um impedimento para desarrolhar unha física capaz de chegar a predicçóns quantitativas.  Mais bem, non víu necessidade de fazer tais predicçóns, e basou a sua física sobre princípios que lhe parecían intelectualmente atractivos, descartando os feitos, que considerava pouco atraientes.  Así, enfocou os seus esforzos para as razóns polas quais as cousas passam, e invertiu relativamente pouca enerxía em detalhar com exactitude o que estaba passando.  Aristóteles modificaba adequadamente as suas conclusóns quando o desacordo déstas com as observaçóns era tán flagrante, que non podía ser ignorado.  Mas os seus axustes eran a miudo simples explicaçóns “ad hoc”, que facían pouco mais que tapar as contradiçóns.  Así, por muito claramente que unha teoría se desviara do que ocurre na  realidade, sempre podía alterá-la o suficiente para que parecera que o conflícto tinha sido eliminado.  Por exemplo, a sua teoría do movimento especificaba que os corpos pesados, caiem com velocidade constânte, proporcional ó seu peso.  Para explicar que os obxectos manifestamente adqueríam velocidade à medida que van caindo, inventou um novo princípio, a saber, que os corpos estabam mais contentos e, polo tanto, se acelerabam à medida que se acercabam à posiçón natural de repouso, um princípio que hoxe, parece descreber mais adequadamente a algunhas pessoas, que a obxectos inanimados.  Aínda que a miúdo as teorías de Aristóteles tinham escaso poder predictívo, a sua forma de considerar a ciência dominou o pensamento occidental durante uns dous mil anos.

stephen hawking e leonard mlodinow

Deixar un comentario