A MONXA CAPELANA

.

               Ignoro se foi casualidade ou consequência; mas desde o día em que sem querer, lhe toquei o cú à monxa capelana, ésta me regalaba mais recortes de hostias e mais vinho de consumir.  A monxa capelana era muito bonita.  A partir d’entón, ser sacristán, que sempre me tinha gostado, foi unha regalía.  A monxa capelana era quebradiza e dourada como um pancinho bem cozido.  Era a mais nova, e a mais madrugadora da comunidade.  Quando eu chegaba à sacristía para preparar os ornamentos, ela xa estaba alí enchendo de hostias o copón, traxinando com as xarras de vinho.  Polas manháns a irmán capelana non me chamaba nada a atençón.  Andaba de acá para alá, com os seus rezos matinais, as suas letanías inuadíveis e os olhos postos no chan.  Eu estaba meio dormido e entre o um e o outro, bastante tinha com non confundir a cor da cápsula que tocaba esse día e que mudava segundo a estaçón ritual do ano, ou a classe da misa que se dixéra.  Entre o frío que facía, o sono e o silêncio da monxa capelana como um fantasma, as manhans eram unha penitência.  Com os recortes, mais algunhas hostias enteiras que a monxa escamoteaba para mim, daba eu ágapes faustuosos na sacristía, ós que todo mundo quería assistir. Mas tinha que restrinxir-se a amigos muito íntimos; non fora a ser que alguém se fora da língua e nos caíra unha reprimenda do padre espiritual, que era bastante estricto.  As hostias sem consagrar non som nada.  Somente pán ácimo, ou sexa, sem levadura; obleias delicadíssimas que se pegabam ó céu da boca, ó paladar, e había que despegá-las com vinho de consumir.  Em abundância e a punhados som outra cousa e sabem bem.  Consagradas, as hostias som o corpo de Cristo.  Muitos críamos, antes de entrar num Seminário, que o sentido do vinho no cálice era: enxaguar a boca e arrastar os restos da hostia sagrada polas profundidades da garganta.  Mas aprendemos pronto que na Sagrada Ceia, antes de que Xudas vende-se a Xesus Cristo, este tinha instituido a Eucaristía baixo a dobre espécie do sangre e da carne.  Só que ós fieis se lhes servía unicamente a carne, ou sexa, a Sagrada Forma, o cura em câmbio, pegaba uns bons linguatazos de sangre.  O vinho de consumir, mentras non era consagrado, tamém non era nada; somente vinho docíssimo como o néctar.  Despois é a sangre de Cristo.  Mentras non se celébra a misa, pan e vinho a secas.  Por isso non entendíamos a vixilância do padre espiritual sobre os ágapes da sacristia.  A mím, a verdade, non me importaba restrinxilos e inclúso suprimi-los. O único que me importaba, a partir daquel día em que toquei o cú, sem querer, era que vinhera a irmán capelana, que tinha que fazer os seus rezos e, ás vezes, non podía vir.  Polas tardes, que é quando eran os convites, as monxas dedicabam-se ás suas preces, em aposentos semisecretos ou no coro.  Polas manhans, despois da misa, trabalhabam cada unha nas suas cousas e à mais nova tocara-lhe ser capelana, como a outra cozinheira, e a outra lavandeira, e así…  A monxa capelana era verdadeiramente fermosa, porque a mím as tocas sempre me parecerom um vestido que realza a beleza.  O día em que, sem querer, lhe toquei o cú, e non pareceu molestar-se nada em absolucto, eu quedei conturbado.  Tinha entón quince anos e andaba no 4º de Latim, crendo-me com mais conchas que um galápago, cousa que non era verdade.  Bom, algunhas sí me tinham saído.

javier villán e david ouro

Deixar un comentario