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Arquivos diarios: 24/09/2018
LITERATURA (DOSTOIEVSKI)
A vocaçón de Dostoievski non foi quebrada no penal de Sibéria, nem no Batalhón de Castigo de Semipalatinsk, e por isso quando o escritor regresou a Santo Petersburgo em 1859, o primeiro que fixo foi reanudar a sua truncada carreira literária. De imediato, neste mesmo ano, publicou dous românces curtos: O Sonho do Tio (Diádiuskin Son) e O Povo de Stepánchikovo (Seló Stepánchikovo), que todavía se mantinham ancoradas na mesma linha do seu primeiro românce, Pobres Xentes. Mas despois destes dous títulos apareceu, Humilhados e Ofendidos (Unízhennye i Oskosbliónnye, 1861), a primeira obra que iniciaba unha série de grandes românces, que iban galonar a etapa literária mais fecunda de Fiódor Dostoievski. Ó mesmo tempo que pugnavam por abrir o caminho a unha nova literatura que fora expresón da visón do mundo adquirida nos anos atroces transcurridos em Sibéria. Dostoievski axustou as contas ó seu passado de presidiário com: Apontamentos da Casa dos Mortos (Zapíski iz Miórtvogo Doma, 1862), estremecedor relato autobiográfico, que Iván Turguéniev comparou com o Inferno de Dante Alighieri. Tudo tinha mudado em relaçón á primeira etapa do escritor, e assím, nos Apontamentos de um Home do Subsolo (Zapíski iz Podpólia, 1864), apareceu a tipificaçón do moderno “home supérfluo”, da civilizaçón urbana. A plenitude do novo Dostoievski, transformado polos anos de sufrimento e dono de recursos novelísticos muito mais âmplos. Em 1866, com Crime e Castigo (Prestuplénie i Nakazánie), unha das obras mêstras da novelística europeia do século XIX. Logo vêm, O Xogador (Igrok, 1867), transposiçón da paixón polo xogo que atenazaba ó próprio escritor durante estes anos. Continua-mos com O Idiota (Idiot, 1868-1869), românce no que Dostoievski relata a história do príncipe Myshkin, personaxem bondadoso e idealista que, qual moderno Don Quixote, trata de fazer o bem e que termina completamente fracassado. Despois de publicar, O Eterno Marido (Viechni Muzh, 1870), Dostoievski marcou um novo hito na sua produçón com o românce Os Demónios (Besy, 1871-1872), o “libro da grande ira”, como o definiu um crítico da época, pois nel denunciou a natureza eminentemente destructiva que se escondía detrás das proclamas revolucionárias dos nihilistas rusos. Este românce causou um grande impacto e pode-se afirmar que, a partir del, Dostoievski convertiu-se em mentor espiritual da sociedade rusa do seu tempo. De acordo com esta funçón de guía, foi redactando entre 1876 e 1880 o seu Diário de um Escritor (Dnevnik Pisátelia), no que insertou notas de crítica literária, comentários sobre política internacional e certeiros análises sobre a realidade social rusa, e também algúns contos como O Sonho de um Home Ridículo (Son Smeshnógo Chelovéka). A sua extraordinária produçón literária, na que cabe xuntar todavía um título de 1875, O Adolescente (Podrostok), chegou á sua culminaçón em 1879-1880, com Os Irmáns Karamázov (Brátia Karamázovy). O próprio Dostoievski, considera ésta obra como o melhor dos seus românces, e é unánime a opinión de que é unha das grandes criaçóns da literatura universal.
r. b. a. editores, s. a. – barcelona
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