Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
Arquivos diarios: 23/09/2018
OS VASCOS DE AMAYA
A história do país Vasco no século VIII, quem era realmente García Ximénez? Que há de certo no românce de Navarro Villoslada “Amaya ou os Vascos do século VIII”? A este problema busca-se a soluçón por duas vías diferentes – a histórica e a novelesca – e esixe unha aclaraçón prévia: o control de um território polo poder, é um fenómeno relativamente recente e de aí que quando se fala que determinada zona estaba no marco de um reino ou condado, non excluímos que nessa zona os seus habitantes gozaram de unha real autonomia. Este é o caso dos vascos que, apesar das sucessivas invasóns, conservaram a sua idiosincrásia. Pertenciam xuridicamente ás zonas administractivas criadas polas autoridades, mas de feito mantinham a sua organizaçón peculiar. Ésta parece a situaçón do século VIII. Apesar da invasón islâmica, o esquema vasco manteve-se com pouco detrimento para a sua personalidade. Na zona de confluência de intereses francos, do reino das Astúrias (com os seus restos godos), e da expansón de caudilhos que tinham certa autonomia respeito do Emirato, desarrolhaba-se a traxectória do País Vasco, que estamos simplificando ó máximo. mas que remitimos como ampliaçón para a obra “Vascos e Navarros na sua Primeira História”, do professor Claudio Sánchez Albornoz, publicada em Madrid por Editorial Centro, em 1974. Num principio o actual País Vasco, quedou dividido a finais do século VIII em duas zonas de influência. Unha era a área de expansón do reino das Astúrias e a outra a do que sería reino de Navarra. Este reino compreendia, nos séculos VIII-IX, unha série de condados que lutavam por medrar na sua base e consolidar a sua soberanía frente a francos, árabes, e à família Banu Qasí. Neste período, obxecto de contínuas revisóns, pola apariçón de novos dactos, podemos citar a García Ximénez, cuxa autenticidade é discutida por algúns autores. Possivelmente fora senhor de algúm condado – rexente de todo o reino, segundo outros – e tería desposado a Íñiga Rebuelle, senhora de Sanguesa, e á morte desta, a dona Daidilis, irmán de Raimundo I, conde de Pallars e Ribagorza, que incluía Sobrarbe. Deste enlace nascería Sancho Garçês, que reinou de 905 ó 925. A presença de García Ximénez mascara, segundo os estudosos na matéria, a apariçón de unha nova dinastía Ximena, que reemprazaría a Íñiga, a orixinal do reino. Neste processo estaríam presentes os intereses do xá poderoso reino de León. Sobre este período versa o românce histórico de Francisco Navarro de Villoslada, “Amaya ou os Vascos do Século VIII”. Debemos precisar que Navarro masceu e morreu em Viana (1818-1895), e foi colaborador destacado do pretendente carlista, Carlos VII, e um eficaz propagandista das causas tradicionalistas. Amaya, descendente do lexendário fundador de Vascongadas, Aitor, non representa só a luta do País Vasco pola sua independencia frente ós invasores, senón ademais unha visón cristán e romântica (mas com retraso, a obra é de 1877), na realidade, mistura de elementos lexendários e reais.
josé maria sans puig
Publicado en Uncategorized
LEIBNIZ (UM RACIONALISTA CRÍTICO)
Gottfried Wilhelm Leibniz nasceu em Leipzig (Alemanha) a 21 de Junho de 1646, durante o último fôlego da Guerra dos Trinta Anos, no seio de unha família abastada. O seu pai, Friedrich Leibnütz, luterano de orixem eslava. era notário e professor de moral na Universidade de Leipzig e tinha casado pola terceira vez (1644) com Catharina Schmuck, filha de um xurista muito respeitado na cidade. A irmán de Gottfried, Anna Catherina, nasceu dous anos despois (1648), com a Paz de Vestefália. O enteado de Anna, Friedrich Simon Löfler (1669), converter-se-á no herdeiro universal da família depois da morte de Leibniz (1716). Os antepassados de Leibniz tinham sido funcionários, professores e teólogos, mas também técnicos de minas e comerciantes, e parece que o nosso pensador dedicou alguns esforços durante a sua xuventude, tanto a fixar a grafía do seu apelido alemán como a encontrar as suas orixens eslavas e nobiliárias: em 1671, vemo-lo assinar como “Leibniz” e, a partir de 1676, utilizará como carimbo o escudo heráldico do seu antepassado Paul von Leubnitz, capitán tornado nobre em 1600 polos serviços prestados. Leitor insaciável de história, poesia e literatura, soube tirar partido da biblioteca paterna, que a nái puxo à sua disposiçón quando tinha oito anos, para o axudar a ultrapassar o duro golpe da morte prematura do pai (1652). Pouco inclinado para os xogos próprios da sua idade, construiu o seu mundo mergulhado nos libros, de maneira que aos 12 anos tinha aprendido non só a balbucear o grego, como a ler correctamente em latim, algo que puido demonstrar aos 13 anos quando compuxo em apenas três dias um poema de trezentos versos hexámetros latinos, que teve a oportunidade de ler em público, em 1659, nunha festa da escola na qual lhe tinham pedido para substituir outro alumno que estaba doente. No seu refúxio da biblioteca paterna aprendeu a compensar de maneira autodidacta os ensinamentos que recebeu na escola de S. Nicolau de Leipzig (1653-1661), alternando a leitura dos clássicos com a dos padres da Igrexa, que lhe serviram de fundamento tanto para a lóxica aristotélica como para a metafísica escolástica.
concha roldán
Publicado en Uncategorized


