.
A ponto de terminar 2º ano, acáso em 3º, e habendo rebassado com creces o 8,5 necessário para seguir com a “beca tudo gratuito”, menos um costal de farinha que tinha que apouquinar a meu pái, atrevim-me a prantexar as tribulaçóns do capítulo anterior ó professor de literatura. E respondeu-me que dessas cousas non debía preocupar-me: “Tú a estudar, a ler e a escreber”. O mesmo me respondeu quando lhe dixém que, do tesouro da Catedral, gostába-me muito o Santo Sebastián do Greco. Parecia-me que o mártir romano tinha um algo de mulherío e afeminado. Era como se dixéramos um pouco “puella”, que era como chamábamos no Seminário ós que tiraban a nena. O professor o único que me dixo foi, que cousas se che ocurrem, non penses nisso e procura non desagradar a Deus. Mas, non me botou bronca nem nada. E emprestou-me unha ediçón quase completa, do Lazarilho de Tormes que, para 2º de latím non estaba nada mal; aínda que marcou as páxinas que podía ler e as que non. Á primeira leitura seguím as prohibiçóns à xusta; mas à segunda como aquilo quedaba solto e como coxo, nem caso. Quando os companheiros me vían com o tal Lazarilho, os mais “cenútrios” decían: “esse vai condenar-se”. E os mais perspicáces guinhavam o olho e decían: “esse têm bula”. Bula: dispensa especial para algunhas cousas, que otorgaba a autoridade eclesiástica. As bulas, que trouxem aquí à conversa, eran unha costume antiga da Igrexa. E também um negócio. Isto conta-se xá no Lazarilho de Tormes. E por isso seguramente se me acordáron. Vinha um “buldeiro” polas aldeias predicando a bula, rascabas a alxibeira e xa tinhas permiso para comer carne na quaresma, os que comíam carne, claro, menos ás sextas-feiras, que eran de xexúm e abstinência. Bula, pois, quer decir permiso ou exençón comprados; mais ou menos. Ou algúm tipo de indulxência. Esses priviléxios vinham escritos nunha espécie de documento, papel ou pergaminho, que era a bula propriamente dita. Así andaban as cousas desde facía muitíssimos séculos. A moral no Seminário, podía ser muito estricta, mas a Literatura cuidába-se muito. Xá no 2º e 3º de Latím, lía-mos fragmentos dos clássicos e da novela picaresca; trozos a miúdo expurgados de palabras e ideias impertinentes, mas lía-mos. Eu passei de Marcial Lafuente Estefanía e do “El Coyote”, de Mallorquí, que lía na casa. a Emílio Salgari e a Xúlio Verne, que no Seminário non tinha censura. E de seguida, a Quevedo, a Lope, ó padre Coloma e a Concha Espina. Vencido o desexo dos primeiros días de sair correndo, por saudades da aldeia e da família, os dous primeiros anos passámo-los muito bem. O internato e a clausura eran relativos. Aparte das saídas á catedral, da missa. Todos os sábados e domingos nos levabam a xogar ó fútbol a unha eira ou ós campos de desporto da fábrica de armas, que estabam extramuros da cidade. Non sei porque as chamabam eiras, pois alí non trilhaba ninguém; e tampouco sei porque a aqueles vacíos e imensos pabilhóns lhe chamabam fábrica de armas, pois armas parece que non fabricavam ningunha desde a guerra. Ao sumo; por entón; balas ou cartuchos de caza. Que isso é o que nos parecía a nós. Ibamos em filas de três, muito ordenados e circunspectos, falando baixo para dar exemplo de urbanidade até que o encargado de vixiar-nos ordenaba romper filas como no exército. Os “pelotas” rodeabam ao professor, como nos quadros os discípulos rodeabam a Cristo, e non se separabam de el em toda a tarde. Sempre había algúm cura ou quase-cura vixiando; como padre e como mêstre, decían, non como polícia. Estas humaníssimas matizaçóns tinham muita importância na doutrina da Igrexa; tudo debía facer-se por amor e non por temor, aínda que à larga, e à curta, o que prevalecía era o castigo. Das notas em conducta-hixiéne, aplicaçón, piedade – ressentíam-se para bem ou para mal, as notas das asignaturas. E que terán que ver, nos perguntábamos nós, a velocidade com o toucinho, e a ximnásia com a magnésia. Mas así eran as cousas. Eu quanto ó arrependimento dos pecados, había duas clásses de dores: o de contricçón, pola intrínseca maldade do pecado que facía sofrer a Deus, e o de actricçón que era por medo ó inferno. Ó final, sempre em chamas, do purgatório ou do inferno, que somente se diferenciábam pola sua duraçón: as do purgatório, transitórias; as do inferno eternas. Éstas eram formas de marear a perdiz. Pois a ver que diferença há entre o efímero e o perenne quando te estás achicharrando.
javier villán e david ouro
Publicado en Uncategorized