.
Mas voltemos ó ponto em que nos tinhamos desviado, e, que o que acabo de dicer, saca em conclusón, que a ciência de todas as cousas é unha só. Pois cada vez que se fala de algunha cousa, a propósito déla há que tratar de outra, e a propósito désta há que facê-lo a sua vez de outra, e em terceiro lugar a causa de outra, de unha nova; assím iríamos até ó infinito, a non ser que nos detivéramos a meio caminho, o que non acontecerá sem detrimento da ciência. De ahí nasce aquela léi das ciências: “Non se trate de tudo, a propósito de cada unha das cousas”. Como virón, que a cada cousa se seguém todas, para evitar, non obstânte, que a sua ciência carece-se de fím, empenharom-se em sinalar “limítes”, limítes que, sem embargo, non podém respeitar (¿como ván respeitar uns limítes que a natureza non tolera?). De onde se segue que, é necessário repetir as mesmas cousas miles de vezes no mesmo libro, e inclúso em diversos libros, o que sería fácil demonstrar em qualquer autor, mas isto resultaría porlixo. ¿Acaso non repete “Aquel” na sua Física e na Metafísica tudo o que dixo nas Categorías? E o que dixo em tais libros, ¿non o repete constantemente em outros? E que prolixo é o nosso Galeno; custaría encontrar um só capítulo onde non leas “Aínda, que disto xá temos falado mais amplamente noutra parte, non virá mal reiterar brevemente o que atanhe ó nosso propósito” ou “Isto basta polo que respeita á presente questón, o resto o encontraremos em tal libro” ou, em definitiva, qualquer outra expresón semelhante. Isto mostra claramente, que para conhecer unha só cousa é assimmesmo necessário o conhecimento das outras, dado que também para a produçón, conservaçón ou destrucçón de unha é necessário o concurso de todas as demais, como o probaremos mais amplamente na obra “Examen Rerum”. O mesmo confirman igualmente os que empreendem unha discusón sobre qualquer cousa; pois se se proponhem probar que o home é um animal, están tán lonxe de consegui-lo que, mais bem ó contrário, passando de unha cousa a outra, por meio de siloxísmos, terminam por chegar ó céu, ou ó inferno, segundo os médios que utiliza o que proba, e segundo os que nega o outro. Em efeito: o que sobre isto nos ensina o inventor das demonstraçóns (aquilo de que através de proposiçóns intermédias há que chegar até ós primeiros princípios e entón deter-se aí) é unha ficçón como o son as outras cousas que se dixéron ó respeito, pois nem há tais meios certos, determinados e ordenados, polos que poidamos avanzar libremente, nem há princípios, nos que a mente poida deter-se tranquila e satisfeita. E, se teis alguns de tál índole, agradecería-mos que no-los transmitas. ¿Aguardas unha proba aínda mais concluínte da nossa ignorância?
francisco sánchez
Publicado en Uncategorized