VATTIMO (DIE WILLE ZUR MACHT)

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               Sobre as duas interpretaçóns désta expresón (como “Vontade de Poder” e “Vontade de Potência”) xá muito se disse.  A primeira afírma-se negando.  Trata-se do domínio excludente e do suxeito identitário ou de representaçón, que precisa de transformar o outro em obxecto, até o consumir, sem conseguir fazê-lo totalmente ( recorde-se a dialéctica do amo e do escrávo de Hegel), pelo qual os autoritários (ou aqueles que non tendo autoridade a desexam, e desexam também ser temídos) repetem e tornam a repetir os rituais de domínio e de violenta causalidade fagocitária ( de novo a atróz monotonía de Sade), insaciábel e estructuralmente insatisfeita.  A sua temporalidade é edíptica (linear como a de Khrónos, o titán que há de persistir sempre  a ocupar o lugar anterior e o do novo), enquanto o seu desexo pertencer á carência e ao mais além de todos os limítes ( tido por negatividade e castraçón): é unha configuraçón da vontade em toda a “metafísica”, que quer sempre ir “mais além” de todos os limítes (metá-tá-física, “transcender e assegurar-se”).  Vigora no Occidente como metafísica-ciência-técnica, sempre impelidas para a empresa do domínio e para a conquista do demais além.  Vattimo sublinhou com precisa erudicçón documental e eloquência admiráveis, fazendo ver que no “Caso Nietzsche”, desde a denúncia crítica do historicismo desenvolvimentista, xá determinada pela “Segunda Consideraçón Intempestiva”, até  á “ontoloxía alternativa”  do eterno retorno proposta pola boca de Zaratustra, consiste em denunciar a violência da repetiçón do “espírito de vinganza ” contra o tempo (linear de força física) e a sua passaxém, como doença do espírito da guerra, que serve de nó conductor á dialéctica da história do poder no Occidente, ligando as suas diferentes épocas com o mesmo ressentimento, manchado de sangue.  Também Heidegger e toda a pós-modernidade filosófica som profundos seguidores “desse Nietzsche crítico”, pós-modernidade essa que se articula precisamente como pensamento (Non da repetiçón, mas sim da diferença).  Há com efeito, “a outra interpretaçón” da vontade de poder, a que antes poderíamos chamar “desexo ou querer de potência, de possibilidade”, baseada na “Afirmaçón da Afirmaçón”, que se afirma duas vezes, xá que assumindo o vínculo da vida/morte, mas afirmando ambos e assumindo, enfím, a finitude tráxica, diz que sím outra véz á vida e á morte inseparáveis, abrindo, entón, caminho ao desexo da amizade e ao amor pelo outro, pelo diferente, que sobrevoa a possessón. É também esse desexo que pode por em cena a morte tráxica como vontade de arte e como potência criativa possibilitante.  Assume o limíte porque comprende que este é a condiçón de possibilidade da pluralidade e a diferença.  Inaugura o “grande perdón” que nos livra da “doença das cadeias” e do espírito de vinganza, recriando a abertura a outra historicidade menos violenta: mais culta e cultivada, mais alegre, mais lixéira.  Non “mais além”, mais diferente.  Tanto, que nem sequer consistirá xá nunha “superaçón” da época anterior ( a modernidade iluminista), mas na sua continuaçón delimitada e transformada, precisamente na medida em que agora a emancipaçón non desexada ocupar o lugar do “Deus-Ídolo” do poder racionalista.  Assím se liberta a “Vontade de Potência” do “super-home” e nasce o “trans-home” de bom temperamento, sereno, alegre, prudente, inocente como o menino de “As transformaçóns do espírito humano” nietzschianas, que encerra a série (após o camelo Kantiano e o león marxista) como unha culminaçón menos elementar e mais virtuosa: a que inverte o “Suxeito Prepotente”, abrindo o caminho que aposta que essa outra possibilidade (a de “non ser Deus” nem querer) permita unha ressurreiçón imanente, a alegría do riso da libertaçón imanente, a “chance” de outra humanidade histórica, que permite também libertar-se, ao mesmo tempo, o próprio divino, da usurpaçón da qual estaba igualmente a ser obxecto por parte de todos os deuses metafísicos naturalizados pela força.  Os construídos á imaxém e semelhanza dos homem todo-poderoso e dos seus desexos.  Unha hipótese de segurança que se tornou excessiva no mundo moderno, onde as técnicas e os serviços sociais podem desempenhar essa mesma  funçón. 

teresa oñate e brais g. arribas

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