.
Tal como afortunadamente afirmou, José de Almada Negreiros, em momentos de elevada inspiraçón, a nossa Mariana, non é unha merdariana de Alcoforado qualquer, como a que nos presenta Júlio Dantas (¡¡Morra o Dantas. Morra!! ¡¡Plín!!). Apesar de ter empalmado durante séculos, um mar sem fundo de mentes calenturentas, com as suas cartas de amor a um oficial françês. A nossa Mariana, foi unha menina que com once anos, entrou acompanhada pela sua irmán mais nova, um séquito de criádas e escrávas destinado a servíla e protexé-la deste mundo fero. Neste pequeno paraíso na terra, que supostamente era a cartuxa do Convento da Conceiçón de Beja. Mas a crúa realidade, era diferente, entrou nunha sacristía cheia de ratas, pequenas rivalidades e dous bandos enfrentados: o partido dos Baptistas e o partido dos Evanxelistas. Ás vezes chegava-se inclúso ás vías de facto. Os castigos decidiam-se na sala capitular. Parece ser, que as cartas de amor som verdadeiras, pela descripçón detalhada do convento e do nome das pessoas referidas. O oficial françês, foi introducido na cartuxa pelo irmán de Mariana, do qual era amigo. E foi alí dentro onde se consumou a paixón dos amantes. A primeira edicçón, em françês “Cartas de Amor a um Oficial Françês”, foi publicada de forma anónima, aínda em vida de Mariana e com o seu nome (as quais, segundo Almada Negreiros, forom posteriormente estragádas para português). O Convento da Conceiçón de Beja, é hoxe também um museo de antiguidades clássicas, sendo o primeiro grande coleccionador o Bispo de Évora. Têm peças prehistóricas, visigóticas, e está actualmente necessitado de urxente intervençón nos telhados, que possa evitar a catástrofe e o saqueo de peças valiosas, das quais muitas xa foron levadas para as capitais. Com este artigo, basado num programa da televisón portuguesa (Visita Guiáda), intentamos devolver algo de dignidade, a unha menina enterrada entre grossas paredes, para toda a vida.
léria cultural
Publicado en Uncategorized