Arquivos diarios: 18/06/2018

VATTIMO (CRISTIANISMO E COMUNISMO HERMENÊUTICO)

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               Provavelmente, só a pós-modernidade foi capaz de a conceber como unha lucidez extrema pois, no fundo, é a sua própria questón histórica como possibilidade de ser de unha época diferente, sem sair da modernidade, que entra aquí em xogo e se coloca sobre a mesa.  Porqué?  Porque se o nosso critério depender de acompanhar a história do ser e escutar o seu apelo e, dito de forma mais simples, acontece que toda interpretaçón depende do seu contexto, entón, no caso de se terem deslexitimado e desvanecido as grandes metanarrativas, o que está em causa desde Nietzsche é que a história do Occidente non sexa unha história da “carochinha”.  Unha “História escrita pelos vencedores” (como decía Walter Benjamín) ou unha fábula inventada por Santo Agostinho seguindo unha certa interpretaçón, de Platón, a do Timeu (que era um mito político para o Platón do Crítias), e unha certa interpretaçón de Paulo de Tarso.  Portanto, em que contexto histórico se inscrevería o critério debolista de Vattimo se xá non houbê-se o contexto do ser da história precisamente porque se tinham desvanecido a credibilidade e lexitimidade platónico-xudáico-cristán do relato de salvaçón agostiniano, transformado na história secularizada da libertaçón e emancipaçón da humanidade?  Unha história que o iluminismo secularizou aínda mais, tornando-a no núcleo racional do humanismo iluminista.  Unha questón endiabrada.  Aquí se toca, entón, a partir de Lyotard, o núcleo da teoloxía política como fonte da metafísica da história.  E, por outro lado, non estaría Heidegger, sobretudo após a “Kehre”, a seguir o Nietzsche do eterno retorno?  Também non parece que Heidegger pudesse ser muito partidário de continuar tal macronarrativa, do que parece vir a saltar noutro “espaço-tempo” graças ao pensamento do “Ereignis”.  Mas, o que faz Vattimo quando descobre o problema?  Lonxe de se intimidar é, neste ponto, absolutamente decisivo, onde e quando alcança, do nosso ponto de vista, o auxe do seu pensamento e unha mais livre e vasta lucidez sobre a sua articulaçón do mesmo.  Vattimo coloca a sí próprio duas questóns: porque realizou (ele próprio) unha hermenêutica debolista e esquerdísta dos textos de Nietzsche e de Heidegger?   E, unha vez mais, porqué e com que critério se pode preferir, entre as plurais interpretaçóns, as que impliquem menos violência; as que mitiguem a violência e a imposiçón da força?   

teresa oñate e brais g. arribas