.
Casa Roubada. O día 29 de Novembro de 1914, polas três da manhán, sonhei que aparecín nunhas casas velhas arruinadas, cheias de silvas, onde estaba um indivíduo vestido de preto, e eu mandei-lhe fazer um tráxe, pondo el o pano. Entón, vinhem cara á minha casa depréssa, até que voáva polos aires (unha quarta porriba do chán), ó chegar a debaixo da minha xanéla, vinha o caminho cheio de água, e eu submerxíndo-me na água, vinhem a nadar até á porta da casa, alí estaba a minha nái, a chorar decíndo que lhe tinham roubado a casa, que deixára quedar a chave na porta. Eu aparecín no Cotinho, entréi na casa da …, vín-na deitar na cama, e fún prá xunto déla, mas non entrei néla, nem se derramou por mím o leite dos amores (a atmosféra tinha aspecto de ser noite) Despois subín áquel alto e vexo vir Guilhermina com o rostro encendido, e perguntei-lhe que caralho quería, e ela correndo sem perder tempo marchou até á Ferreira, e dixo-me que o caralho xa o levára, a mím, vêm-me a ideia de casar com ela, mas duvidába porque andaba prenhada, ou non sei qué; ouvín unha voz que dixo: -con ela têm que casar, quêm a… etc…, despois eu estaba entre unhas poucas de pedras, balados, sucalcos, etc…, ou cousa semelhante, vindo-me ó pensamento de que alí andavam serpes, e estába axuxándo quando saíam, para as matar. Eu estaba com medo, había duas pessoas conmigo que non conhecím, um pouco mais, e apoderou-se de mím um medo que marchéi, nunca as cobras saíron, nem eu as vín.
manuel calviño souto
Publicado en Uncategorized