Arquivos diarios: 08/06/2018

QUE RECEBE VATTIMO DE HEIDEGGER?

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     1º  A diferênça ontolóxica ser/ente.

    2º  A questón do non dito e non pensado dentro do ser histórico, que se dá na linguaxem, como fonte da continuidade de futuros diferentes:  outras interpretaçóns epocais (mortais) ou descobertas do ser.

    3º  A necessidade possibilitante do limíte infranqueável da morte e do retirar-se do ser (léthe) que se dá e se vela (como ausência e esquecimento) porque difére, no seu acontecer temporal (alétheia-verdade), resguardando com a radical finitude do seu non-dar-se a pluralidade diferenciada do dom.

    4º  Que o ser non é (son os entes) poque é diferença, ausência e evento gratuito.

    5º  Que o pensar do ser é Andenken (rememorizaçón), porque o ser non é presente (como um obxecto), mas sem presença-ausênça temporal, oscilante.  Que o ser dá na linguaxem do pensar do ser.

    6º  Que a metafísica é a história de um progressivo esquecimento do ser, assimilado ao ente e ao obxecto para o homem suxeito, que passa a ser o fundamento racional do cosmos-ordem.

    7º  Que na época moderna do niilismo cumprido e do capitalismo (bélico multinacional) de consumo ilimitado, se alcança por completo a essência (metafísica) productiva da técnica moderna como vontade de vontade sem limíte, a qual, ao chegar ao seu total cumprimento e expansón, dá lugar a sociedades letais de controlo-domínio total e de neoliberal indiferença, quando o ser e o homem xá som meros obxectos, coisitos de mercado, méras existências, recursos humanos e mercadorias; disponíveis sem mais e descartáveis sem mais, expostas, instaladas, recolocadas e intercambiáveis nas suas calculádas e técnicas montras, de acordo com mecanismos de rentabilidade, os quais, também por seu lado, devem ser obxecto de constante manutençón e asseguramento funcional, para obterem a máxima rentabilidade.

    8º  Que nesse “inmundo” se abre a possibilidade histórica de um diferente dar a volta do ser-tempo á linguaxem (do pensar do ser) do homem, como acontecer (ex) propriador, eventual, que dissolve os caracteres de suxeito-obxecto e a lóxica racionalista do domínio moderno do mundo.  

    9º  Que non há inculpaçón em Heidegger (como non había em Nietzsche), mas sim compreensón e interpretaçón do sem-sentido e sentido do que acontece e pode acontecer; mas Heidegger está mais perto de Marx non só na crítica profunda do capitalismo, mas por perceber que som as próprias autocontradiçóns do próprio sistema capitalista que abrem a possibilidade da sua dissoluçón histórica, que é preciso acompanhar sem dúvida, com todas as potências da crítica.  De qualquer forma, Vattimo aprende a maneira como Heidegger se distância de forma crítica do voluntarismo de Nietzsche recusando que, depois da metafísica, o homem tenha de imprimir no ser os carácteres do devir. 

    10º  É preciso deixar ser o ser, o devir histórico do ser, que agora acontece, na pós-modernidade, como diferença e alteridade, escutando o sentido désta mensaxem histórica como envío ontolóxico; agora, tendo-se transformado a essência da linguaxem (do ser e do homem) num lugar de co-pertença diferencial e non em instrumento, dissolve-se a essência metafísica da técnica.               .

teresa oñate e brais g. arribas