Arquivos diarios: 05/06/2018

NIETZSCHE (LOU SALOMÉ)

.

               Em Abril, e através de Paul Rée, Nietzsche conhece em Roma unha xovem russa de vinte anos chamada Lou Salomé.  Ésta bela e intelixente mulher será a protagonista de unha curiosa relaçón a três que axita a vida do filósofo durante os meses seguintes.  Nesse tempo, Nietzsche fará planos para viver com ela e Rée nunha comunidade assexuada e puramente intelectual, embora isso non o impeça de, entretanto, pedir em casamento a xovem em duas ocasións, ambas sem éxito, e que disparem os ciúmes entre ele e o seu amigo.  Finalmente, Lou e Rée levam adiante os planos de convivência virtuosa sem Nietzsche, que deixam de lado.  Após a ruptura, Nietzsche sente-se duplamente traído, tanto por um amigo íntimo como por unha mulher em que xulgava ter encontrado a sua companheira ideal.  Envia a Lou cartas muito duras, cheias de acusaçóns, embora se xustifique dizendo que é  “um homem a quem a longa solidón acabou por enlouquecer”.  Como grande conhecedor de si mesmo, Nietzsche non pode deixar de lamentar profundamente a sua falta de habilidade emocional e a sua inaptidón para com as mulheres.  Como se isso fosse pouco, a nái e a sua irmán lançam-lhe unha série de acusaçóns pela sua relaçón com Lou, que consideram unha xovem frívola e manipuladora, e Nietzsche decide cortar a comnicaçón com elas. Son días de padecimentos físicos e insómnias.  Tenta combatê-los com hidrato de cloral e outras substâncias que obtêm, falsificando receitas médicas (assinadas como “Dr. Nietzsche”).  Está inmerso nunha depresón e é tentado por ideias de suicídio. Nunha carta a Overbeck, confessa:  “Se non inventar a alquimia de transformar ésta imundície em ouro, estou perdido”.  E de facto,  passados poucos días, Nietzsche consegue transformar toda a sua dor e impotência em algo grandioso:  começa a escrever a sua obra mais célebre, Assim Falava Zaratustra. Um Livro para Todos e para Ninguém.

toni llácer