AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (48)

.

               Sonhei que estava núm caminho fundo e vía saír água pola ranhura d’unha pedra, e estivém mirando tempo longo.  Despois vêm-me um pensamento, que o Patrón berregava comigo, e marchéi a toda présa, entréi na casa e vexo um Monte minado e no meio había grandes pedras, – dixem-lhe eu ó Patrón – isto é melhor desfacêlas, e dixo: non que as déi a fulano, dixo-me um nome que se me esqueceu.  Marchando por um caminho, tivém remorso no corpo; sentín ganír um cán, e dixém eu, vai haber morte, e marchei com este pensamento.  Eu tenho que quedar na rúa, para dar paz, tenho que passar castigos por outros, e non sei que outras cousas mais dixém.  Despois, pensei nunhas poucas de raparigas (Rsa. da Teixucha, Isolina do Caetano), estava pensando que non tinha dinheiro, e para levar unha vida mais tranquila, o melhor era voltar ós meus antigos Amores (pareceu-me, era Pra.), quedei entregado a unha calma enorme.  Sonho, O Abismo.  O día 6 de Novembro de 1914, sonhei que iba por um caminho, e á dereita vexo uns buracos muito fundos (o Abismo), mais tarde sonhei que correran por mím o leite dos amores, esquecin-me das outras voltas.  Desde o 6 até ó 11 do mesmo mês,  tivém muitos sonhos, mas non eran idênticos ó obxecto com quém sonhava, e ademais esquecerom-se-me muitas voltas. O día 9 sonhei que estava na Terra e sonhei con Carmela da Costa; o 11 con Leonor de Marcos, e tivém unha intuiçón da Piancha; entre tudo isto eu fún muito molestado pelo Spírito…  Sonhei que estava debaixo da minha figueira con outro, e que eramos soldados, e mirá-mos vir por xunto da minha casa, um reximento de Soldados Alemáns.  Logo sonhei que estava em casa, e dêm uns oito paus na minha nái. mas de fortes, que ela caíu em terra.  Logo, aparecín dentro de unha casa velha, que tinha um grande Canhón de Guerra virado para o mar.  Despois de um momento, saín dalí, e avistava na direcçón de Tui e Portugal, os mesmos montes e Côtos, etc…   e estava pensando isto – ¿Ah. Por onde os Alemáns haberían de entrar, etc…?

manuel calviño souto

Deixar un comentario