O ARO

.

               O malo do aro, é que era muito aborrecido.  O bom, que podía xogar-se em solitário.  Carecia da condiçón competitiva de quase todos os xogos, competência que marcába o espírito da época, de todas as épocas: ganhar.  Sempre había que ganhar a alguém, algunha cousa.  E sem essa condiçón de ganhadores, o qual supunha a necessídade de um perdedor, non havía nada que facer.  Sem um perdedor, ao que poder mirar por cima do hombro, um non era nada.  Por isso, com frequência facíamos carreiras de aros que davan ó xogo certa categoría e emoçón, um contra outro, por afinidade ou por antipatía, dava igual.  O caso era correr contra alguém; muito melhor, por suposto, contra alguém a quém, por qualquer circunstância lha tinhamos xurada.  Os instrumentos usados non tinham mistério. Um aro procedente das velhas pipas, cortados e soldados por um ferreiro para reducí-los se eran demasiádo grandes e unha manivela de arame gordo que acabava num rectângulo aberto onde se encaixava o aro.  A graça consistía em impulsar este, guiado com a manivela, á maior velocidade possíbel.  Influían na carreira dous aspectos: a rapidez do corredor e a sua destreza para manter o aro rodante sem tropezos nem accidentes.  Ás vezes um exceso de velocidade rompía o equilíbrio do aro, dificultando assím a carreira.  Ésta podía ser linear, exclussivamente de velocidade a unha distância determinada; ou podía ser com obstáculos e dificuldades interpostas.  Competir contra um mesmo, correr por correr sem présas, era muito gráto.  Era unha forma de demonstrár-se a sí mesmo, que as cousas podem facer-se por prazer, sem rivalidades nem finalidade lucratíva.  Mas isto apenas ocurría; e só o facían alguns solitários, ós que non importáva o que dirán.  Passava-mo-lo muito bem, inventando obstáculos e improvisando habilidades para regosto pessoal e invexa dos demais.  Mas como non queríamos competir, ou o facíamos a reganhadentes, os demais chamaban-nos “caguetas”  

javier villán

Deixar un comentario