.
Deparamo-nos com unha situaçón hermenêutica que afecta a teoloxía política que rexe a história da salvaçón, como história da secularizaçón e filosofía da história, a partir da “Cidade de Deus” de Santo Agostinho, retomando um certo Platón e Paulo de Tarso. Assím, se esse “Deus” morreu (como anuncia e informa o clamor do “louco” que desce da montanha até á praça da cidade, no meio da indiferença dos locais, que aínda non conseguem perceber o fenómeno, nem medir as suas consequências, no início do “Assím Falava Zaratustra). Isso significa socioloxicamente e historicamente que o cristianismo perdeu a centralidade axiolóxica que lhe permitía rexer e situar os valores do mundo (Kosmos-ordém) da civilizaçón occidental. Nietzsche recolhe assím o grito dos primeiros niilistas literários russos (Dostoiévski ou Turgeniev), quando exclamavam com os olhos fora de orbita: “Morte de Deus, ascensón do Homem” (apesar da frase “Deus morreu”, como nos lembra Heidegger, xá ter sido pronunciáda antes, filosoficamente, por Hegel). Non há nada de estranho no facto de um deus ter morrido; tál é o caso de Dioniso, por exemplo, despedazado pelos Titans e, em xeral, tal é o destino dos semideuses, de pai celestial e nái mortal (o qual tinha permitido á piedade de Holderlin ligar Jesus a Empédocles e até a Hércules, como profundos bemfeitores e educadores dos mortais). A radical novidade de Nietzsche reside em indagar o que implica tal morte. Trata-se de um evento, de um “facto interpretativo” de carácter político-histórico com consequências epistemolóxicas e éticas; pois com “essa morte” deslexitima-se todo o fundamento e suxeito absolucto (como origém ou referência última das cadeias relacionais causais). Zaratustra clama que “os piores dos homens foram os assassinos de Deus”: os homens do grande despreço; os homens que se xulgam superiores, esses son os deicídas… neste ponto, o leitor pode imaxinariamente localizar na Revoluçón Francesa a brutal assimilaçón entre as cabezas de Maria Antonieta e Luis XVI, e unha guilhotina que cortasse a cabeza de Deus, confundindo o Antigo Rexíme com a Igrexa, e a ésta, rexênte do Reino de Deus na Terra, como Deus Cristán; com o doce Jesus, o Cristo, o Messias, cuxo reino de amor non era deste mundo, segundo as suas próprias palabras, tal como as verte a Sagrada Escritura dos Evanxelhos.
teresa oñate e brais g. arribas
Publicado en Uncategorized